9º DIA - Novena de Santa Teresinha do Menino Jesus



“Não morro, entro na vida” (C 244).


Eram 19 horas e 20 minutos do dia 30 de setembro de 1877 quando pronunciou as últimas palavras da sua vida: “Meu Deus... eu vos amo!” Não podia ser diferente. Devia declarar pela última vez seu imenso e grande e amor para com Aquele a quem sempre tinha amado escolhido aos 15 anos como seu único amor e esposo.
Num instante, encontrei-me diante do Deus vivo que sempre busquei, e numa efusão de amor sentiu-se envolvida pela paz que não tem ocaso.
Ao longo da sua vida esforçou-se para ser digna filha do mestre e pai S. João da Cruz. Dele e com ele aprendeu a caminhar na pura da noite da fé. Um dia disse, com plena consciência; ”Não desejo ver o bom Deus na terra. Oh, não! E todavia o amo. Amo também a Santíssima virgem e todos os santos, e não desejo vê-los... Prefiro viver de fé”.
Sua vida foi uma busca da vontade de Deus, por isso tentou se mortificar em tudo, sem em nada buscar prazer. Como é bom oferecer tudo ao Senhor e ter certeza de que Ele se contenta com o pouco que lhe damos com amor.
Um dia trouxeram-lhe algumas violetas. Todo mundo sabia que gostava de flores. Mas não quis sentir o perfume, para fazer uma mortificação.
Como ficou feliz quando lhes trouxeram uma belíssima rosa!
Quis desfolhá-la sobre o crucifixo como sinal seu de amor, da sua doação. Era uma rosa de setembro, fora da época, por isso mais bonita. Quando vi as pétalas a caíram uma a uma no chão, disse: “Recolhei essas pétalas, minhas irmãzinhas, ser-vos-ão muito úteis para agradecer mais tarde...” Uma dessas pétalas curou em 1910 Fernando Aubry de um câncer na língua.
Sentia o amor que lhe queimava por dentro como chama viva. O amor é chama, é inquieto, por isso nos faz sofrer e nos convida a procurar a quem sempre amar.
Nos momentos que precederam sua morte, não conseguia mais falar, mas seus olhos, como os da esposa do Cântico dos Cânticos, buscavam seu Bem-Amado, seus lábios não se afastavam do crucifixo. Como lhe era doce beijar o rosto de Jesus, enxugar-lhe o suor com seus beijos de amor. Seu amor à Sagrada Face, ela o vivia nesses momentos de extremo sofrimento e de extrema alegria.
Há anos, na noite de 13 de dezembro de 1591, morria em Obesa S João da Cruz. Quando os frades iniciaram as orações dos agonizantes, com um gesto da mão mandou que parassem e disse: “Por favor, leiam para mim o Cântico dos Cânticos...”


“Beija-me com os beijos de tua boca,
As tuas carícias são mais doces que vinho...”

Diz S.Tarezinha: “Meu Deus, eu vos amei aqui na terra e vos amo por toda a eternidade, e quero que todos vos amem como eu vos amei”.


Rezemos a Deus, para que Ele deposite em nós desejos fortes de buscá-lo com entusiasmo até as últimas conseqüências.

Digamos por amor ao primeiro Amor:

À luz dúbia da vela,
Voa a mariposa,
E, em círculos menores,
Vai, e vem, e hesita,
Queimando as próprias asas na atração das chamas...


Não sabes,
Mas comigo levo a mesma coisa:
Minha alma a teu redor,
Adeja aflita, quer fugir e não
Pode, e volta, porque te ama!



Por todas as preces que temos no nosso interior.Peçamos:

Escutai, Senhor, nosso clamor, pela intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus.

Oremos

Oh! Teresinha do Menino Jesus, que no curto espaço de vossa existência fostes um espelho de angelical pureza, de amor forte e do mais generoso abandono na Divina Providência, agora que estais gozando o prêmio de vossas virtudes, volvei um olhar de compaixão sobre nós que confiamos plenamente em vós. Fazei vossas nossas aflições; dizei por nós uma palavra a esta Virgem Imaculada de quem fostes à flor privilegiada a Rainha do Céu que vos sorriu na manhã da vida. Suplicai a ela, tão poderosa sobre o coração de Jesus, nos obter a graça que tanto desejamos neste momento, de acompanhá-la com uma bênção que nos alente durante a vida, nos fortifique na hora da morte, e nos conduza à bem aventurada eternidade.
Assim seja.

Rogai por nós, Santa Teresinha.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

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