5º Dia - Novena de Santa Teresinha do Menino Jesus


Sem ilusões

Teresinha encontra o Carmelo, a vida comunitária, as irmãs,
como pensava. Não fica em nada decepcionada e desiludida,
Sua felicidade não era efêmera, passageira. Sua lua-de-mel
no Carmelo não conheceu ilusões:

"Quanto a ilusões, o bom Deus concedeu-me a graça de não
ter nenhuma quando entrei para o Carmelo.Encontrei a
vida religiosa tal qual a imaginara. Nenhum sacrifício me
espantou. No entanto, vós o sabeis, meus primeiros passos
toparam mais em espinhos do que em rosas!... Sim, o sofri-
mento estendeu-me os braços, e lançei-me neles com amor...
O que vinha fazer no Carmelo, declarei-o aos pés de Jesus-
-Hóstia no exame que precedeu minha profissão: "Vim para
salvar as almas e principalmente para rezar pelos sacerdo-
tes'. Quando se quer atingir um fim, é preciso aplicar os
respectivos meios. Jesus deu-me a entender que pela cruz
queria dar-me almas, e meu atrativo pelo sofrimento crescia
na proporção em que o sofrimento se avolumava. Durante
cinco anos, meu caminho foi esse. Nada, porém, traía exte-
riormente meu sofrimento, tanto mais doloroso quanto uni-
camente conhecido por mim. Oh! se tivermos lido a história
das almas, qual não será nossa surpresa no fim do mun-
do'.... Quantas pessoas não ficarão admiradas ao ver por
qual caminho foi levada a minha..." (MA 195)


Cada dia renovava seu ideal de imolar-me pelos sacerdotes,
e nisso encontrava uma força nova, um entusiasmo que não se
abalava pelas dificuldades que começavam a aparecer.

O inicio da vida carmelitana como postulante foi uma be-
leza: gostava imensamente da cela pobre, simples. Uma
cama, um banquinho, uma cruz sem crucifixo na parede, e nada
mais. Nessa pobreza, Cristo se tornava cada dia sua única
riqueza.

O trabalho que lhe foi confiado: ajudar na rouparia. Na sua casa, o que menos tinha usado era agulha e linha. Sabia brincar, fazer pequenos serviços, mas sempre encontrava dificulda-
de em costurar, bordar. Dava-se melhor com a pintura, a poesia,
a arte.

No noviciado, todos os dias tínhamos aulas práticas do estilo
de vida carmelitano. Tudo deve ser feito com amor e como nos
é pedido,

Demorou um pouco para saber usar os velhos livros da Li-
turgia das Horas. Eram muito pesados e lhe cansavam. Demorou
para conhecer todos os costumes próprios do Carmelo. Mas, na
verdade, o que encontrou foi muita compreensão e grandes deli-
cadezas. Era a "menina dos olhos" de todas as monjas. Era um
pouco o brinquedo do mosteiro. As dificuldades, as invejas e os ciúmes surgiram mais tarde.
Até ganhei um novo apelido. Quem lhe deu foi a priora
madre Gonzaga. Numa carta a seu tio, chamou-lhe de "Lulu".

Enfim, rezemos ao Senhor para tornar o nosso coração sempre aberto ao seu projeto.

Rezemos por todas as nossas intenções pessoais. Peçamos:

Escutai, Senhor, nosso clamor, pela intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus.

Oremos

Oh! Teresinha do Menino Jesus, que no curto espaço de vossa existência fostes um espelho de angelical pureza, de amor forte e do mais generoso abandono na Divina Providência, agora que estais gozando o prêmio de vossas virtudes, volvei um olhar de compaixão sobre nós que confiamos plenamente em vós. Fazei vossas nossas aflições; dizei por nós uma palavra a esta Virgem Imaculada de quem fostes à flor privilegiada a Rainha do Céu que vos sorriu na manhã da vida. Suplicai a ela, tão poderosa sobre o coração de Jesus, nos obter a graça que tanto desejamos neste momento, de acompanhá-la com uma bênção que nos alente durante a vida, nos fortifique na hora da morte, e nos conduza à bem aventurada eternidade.
Assim seja.

Rogai por nós, Santa Teresinha.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

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