6º Dia - Novena de Santa Teresinha do Menino Jesus


Servir melhor

Santa Teresinha pediu para permanecer sempre no noviciado como noviça vitalícia, e isso por dois motivos: primeiro porque gostava de se manter escondida no seu dia e queria aprofundar sua vocação carmelitana no estudo de seus mestres S. João da Cruz e S. Teresa de Ávila. O segundo motivo era que as três irmãs da mesma família não poderiam pertencer ao mesmo capítulo da comunidade. Ela devia ser a última por lei e por vocação.
Sempre se sentiu feliz por ser a última: última filha, última no Carmelo, última na promoção humana, mas seu sonho era ser primeira na santidade e no serviço alegre a todas as suas irmãs de comunidade.
Sempre teve cargo de vice... de segunda... na sacristia, na portaria. A primeira porteira, a irmã São Rafael, falava sobre ela com certa ironia. Dizia que tinha “manias de atormentar um anjo”. Experimentou que a dor mais dura na vida é a dor de não ser compreendida.

Assim foi sua vida, ser a última. Por isso, maravilha-se em ver como o povo a ama. Ser a última para poder amar primeiro a Deus e aos outros: eis minha vocação:

“... padre Pichon ficou surpreso ao verificar o que o bom Deus operava em minha alma. Disse-me, que na véspera, me observou a rezar no coro, e achava meu fervor muito próprio de criança, e meu caminho muito suave. A conversa com o bom padre foi para mim um consolo muito grande, embora anuviado de lágrimas, por causa da dificuldade que sentia em abrir minha alma.
Sem embargo, fiz confissão geral, como nunca fizera anteriormente. Ao cabo, disse-me o padre estas palavras, as mais consoladoras que me vibraram os ouvidos da alma: ‘Na presença do bom Deus, da Santíssima Virgem e de todos os Santos, declaro que jamais cometestes um só pecado mortal’. Acrescentou em seguida: ’Agradecei ao bom Deus o que fez por vós, pois, se vos tivesse abandonado, em um lugar de ser um anjinho, seríeis um demoninho’.
Oh! Não tive dúvida em admiti-lo. Sentia que era frágil e imperfeita, mas a gratidão inundava minha alma. Tanto receava ter manchado a veste do meu batismo, que a declaração, saída da boca de um diretor como os que nossa santa madre Teresa desejava, isto é, os que unissem a ciência à virtude, me parecia proferida pela boca do próprio Jesus...
Disse-me ainda o bom padre as seguintes palavras, que ficaram carinhosamente gravadas em meu coração: ‘Minha filha, Nosso Senhor seja sempre vosso Superior e vosso Mestre de noviciado’. De fato, Ele o foi, e foi também ‘meu Diretor’. Não que dizer que minha alma se tenha fechado às minhas superioras...” (MA 196-197)


Peçamos, ao Senhor, para que desperte a sensibilidade de enxergarmos o invisível de todas as coisas. E diante disso, louvemos o Senhor por tudo que há.

Louvemos e rezemos:

Na dança das árvores,
No cantar da passarada,
Na melodia dos ventos.

Nas folhagens verdes,
Nas folhagens secas levadas pelo vento,
No suspirar gostoso das plantas.

Na instrumentação que há nas águas,
Com sua orquestra,
Com sua música.

No verde da natureza, esperança.
No azul do céu, Maria, mãe de salvação.
No branco das nuvens, pureza.
No colorido, arco-íris - o prometer de Deus.

Na natureza o valor da criação
Em harmonia ao amor-criador
Que nos remete a louvação
A descobrir a beleza do belo que é encantador.

Em cada ser descobrir,
Enxergar,
Sorrir, cantar e desabrochar
O ideal da beleza que há.



Por todas as intenções pessoais.



Escutai, Senhor, nosso clamor, pela intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus.

Oremos

Oh! Teresinha do Menino Jesus, que no curto espaço de vossa existência fostes um espelho de angelical pureza, de amor forte e do mais generoso abandono na Divina Providência, agora que estais gozando o prêmio de vossas virtudes, volvei um olhar de compaixão sobre nós que confiamos plenamente em vós. Fazei vossas nossas aflições; dizei por nós uma palavra a esta Virgem Imaculada de quem fostes à flor privilegiada a Rainha do Céu que vos sorriu na manhã da vida. Suplicai a ela, tão poderosa sobre o coração de Jesus, nos obter a graça que tanto desejamos neste momento, de acompanhá-la com uma bênção que nos alente durante a vida, nos fortifique na hora da morte, e nos conduza à bem aventurada eternidade.
Assim seja.

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