“Enquanto Ele rezava seu rosto tornou-se outro” (Lc 9,29). Se é verdade que o olho é a lâmpada do corpo, então o corpo inteiro é transfigurado pela oração. Para nós, como para Jesus, a transfiguração se opera no próprio ato da oração. Assim, entendemos que a nossa oração deve influenciar em todo o nosso ser. A transfiguração é o horizonte final, a consequência divinamente natural da nossa oração. “O que nós seremos ainda não se manifestou, mas sabemos que, por ocasião dessa manifestação, nós Lhe seremos semelhantes, porque O veremos tal como Ele é.” (1Jo 3,3). Se na oração, mesmo de olhos fechados, já sentimos sobre nossa face provisoriamente cega os raios da luz de Deus, então também já começamos a nos tornar semelhantes a Ele; nosso corpo já começa a existir para sua finalidade última: “Com minha própria carne eu verei a Deus” (Jó 19,26). E assim, desde já ele ressuscita.
Do livro: Orar em segredo
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