Com Santa Teresa: O Caminho do Amor


“Espiritualidade de Comunhão significa a capacidade de sentir o irmão de fé na unidade profunda do Corpo Místico de Cristo, e, por isso, como um que me pertence, para saber compartilhar suas alegrias e seus sofrimentos, para intuir seus desejos e atender às suas necessidades, para oferecer-lhe uma verdadeira e profunda amizade” (João Paulo II).

Buscando meus amores...
O salmista pergunta: “Senhor, quem pode hospedar-se em vossa tenda e habitar em teu monte sagrado?”; santa Teresa, ao iniciar a oração, também se pergunta: “Como devemos ser para orar?”. A resposta em ambos os casos tem a ver com o amor. A verdadeira oração é questão de amor.
“Aprenda a amar com ternura, aprenda a amar com sabedoria, aprenda a amar com valentia”, aconselhava São Bernardo.

De que amor se trata?
Os amigos de Jesus se exercitam em um amor de verdade, não de mentira.

Buscam um amor que os faça 
crescer e dê liberdade;
“o amor se alegra com a verdade” 
(1 Cor 13,6).

Saem ao encontro de um amor mais dilatado que restrito, “meus são os céus e minha é a terra; minhas são as gentes, os justos são meus e meus os pecadores; os anjos são meus e a Mãe de Deus e todas as coisas são minhas; e o mesmo Deus é meu e para mim, porque Cristo é meu e todo para mim” (São João da +).

Ditoso coração enamorado...
Cada pessoa leva em seu coração uma história de amor, quanto mais rica for esta, tanto mais fecunda será sua vida.
Este amor que leva a uma paixão de amor, nasce de algo mais profundo que a paixão. Brota de um encontro prévio com a verdade das coisas, da vida e das pessoas. “Quando Deus mostra a uma pessoa o claro conhecimento do que é o mundo, e de que coisa é o mundo e que há um outro mundo, e a diferença que há entre um e outro, e que um é eterno e o outro ilusão, o que é amar o Criador ou a criatura... essa pessoa ama com amor muito diferente” (Santa Teresa).
O amor é um dom. Os que o vivem se abrem a ele como a terra à semente. O Espírito guia cada etapa do caminho como a chama de amor viva que abrasa o coração.

“As águas torrenciais jamais poderão apagar o amor e nem o rios afogá-lo. Se alguém quisesse dar tudo o que tem para comprar o amor... seria tratado com desprezo.” (Cântico dos cânticos 8,7).

O amor não é para ficar retido no coração, mas para comunicar aos outros, assim como quando se rompe o frasco de um perfume e seu o bom odor se estende por toda a casa (cf. Jo 12,3).

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