SEGUIR A CRISTO - Carta de Santa Teresinha para sua irmã Celina
JULHO 1893 469
C 142 Para Celina.
J.M.J.T.
Jesus+ No Carmelo, 6 de julho de 1893. Minha querida Celina,
Tuas duas cartas foram como doce melodia para meu coração... Sinto-me feliz ao constatar a predileção de Jesus para com a minha Celina. Como Ele a ama, como a olha com ternura!... Agora, estamos, as cinco, no nosso caminho’. Que felicidade poder dizer: “Estou certa de fazer a vontade de Deus”. Esta vontade santa manifestou-se claramente em relação à minha Celina. Ela foi escolhida entre todas para ser a coroa, a recompensa, do santo patriarca que encantou o Céu pela sua fidelidade. Como ousar dizer que foste esquecida, menos amada que as outras; digo que foste escolhida por PRIVILÉGIO, tua missão é tanto mais bela quanto, ao ficares o anjo visível do nosso pai querido, és a esposa de Jesus. “Isso é verdade (pensa, talvez, minha Celina), mas enfim, eu faço menos que as outras por Deus, tenho mais consolações e, conseqüentemente, menos
méritos”... “Meus pensamentos não são os vossos pensamentos" , diz o Senhor. O mérito não consiste nem em fazer nem
em dar muito, mas em receber, em amar muito... Diz-se que
é muito mais agradável dar que receber, e é verdade, mas quando Jesus quer tomar para si a doçura de dar, não seria
delicado recusar. Deixemo-lo tomar e dar tudo o que Ele quiser, a perfeição consiste em cumprir a sua vontade, e a alma que se lhe entrega inteiramente é chamada pelo próprio Jesus de “sua mãe, sua irmã” e toda a sua família. E noutra parte:
“Se alguém me ama, guardará as minhas palavras (isto é, fará a minha vontade); e meu pai o amará e nós viremos a ele e
faremos nele a nossa habitação”. Ô Celina! como é fácil agradar a Jesus, conquistar o seu coração! não há mais nada a fazer senão amá-lo sem olhar para nós mesmas, sem examinar muito os próprios defeitos... Tua Teresa não se encontra nas alturas, neste momento, mas Jesus ensina-lhe “a tirar proveito de tudo, do bem e do mal que encontra em si”. Ensina¬lhe a jogar à banca do amor, ou melhor, Ele joga para ela sem lhe dizer como proceder, pois isso é assunto seu e, não de Teresa, o que compete a ela é abandonar-se, entregar-se sem nada reservar, nem mesmo a satisfação de saber quanto rende a sua banca. Mas, afinal, ela não é o filho pródigo, não vale pois
a pena que Jesus lhe faça uma testa “pois está sempre com Ele”.
Nosso Senhor quer deixar “as ovelhas fiéis no deserto”. Quanto isto significa para mim!... Ele está seguro delas; elas não podem desgarrar-se, pois são prisioneiras do amor, por isso, Jesus as priva da sua presença sensível para dar seu consolo aos pecadores, ou se as leva ao Tabor, é por uns instantes, o vale é lugar mais frequente do seu repouso. “É aí que Ele repousa ao
meio-dia”. A manhã da nossa vida passou, gozamos das brisas perfumadas, da aurora tudo nos sorria pois, então, Jesus fazia-nos sentir sua doce presença, mas quando o sol ganhou força, o Bem-amado “levou-nos ao seu jardim, fez-nos colher a mirra” da provação ao nos separar de tudo e Dele próprio; a colina de mirra fortaleceu-nos com seus perfumes amargos, por isso Jesus nos fez descer e, agora, estamos no vale. Ele conduziu-nos docemente ao longo das águas... Querida Celina, não sei muito bem o que estou a te dizer, mas parece-me que vais compreender, adivinhar o que gostaria de dizer. Ah! sejamos sempre a gota de orvalho de Jesus, aí está a felicidade, a perfeição... Felizmente que falo contigo, pois outras pessoas não saberiam compreender minha linguagem e confesso que ela não é conhecida senão por muito poucas almas. De fato, os diretores fazem avançar na perfeição levando a fazer muitos atos de virtude e têm razão, mas meu diretor que é Jesus não me ensina a contar meus atos; ensina-me a fazer ludo por amor, a não lhe recusar nada e, a ficar contente quando ele me dá uma ocasião de provar-Lhe que o amo, mas isto faz-se na paz, no abandono, é Jesus quem faz tudo e eu nada faço.
Sinto-me muito tinida à minha Celina, creio que Deus so raramente faz duas almas que se compreendam tão bem, nun¬ca há nota discordante. A mão de Jesus que toca uma das liras faz, ao mesmo tempo, vibrar a outra... Oh! fiquemos ocultas na nossa divina flor dos campos até ciue as sombras declinem, deixemos que as gotas de licor sejam apreciadas pelas criaturas, sendo que nós agradamos ao nosso Lírio, continuemos felizes por ser sua gota, sua única gota de orvalho!... E por esta gota que o terá consolado durante o exílio, o que é que Ele não nos dará na pátria?... Ele próprio no-lo diz: “Aquele que tem sede venha a mim e beba”, assim Jesus é e será o nosso oceano... Como o cervo sedento, suspiremos pela
Carta do Frei Patrício enviada ao Frei Alzinir, nosso padre provincial, agradecendo as orações por sua nova missão como carmelita descalço
São Paulo, 14 de março de 2010.
Caríssimo Frei Alzinir e em você
caríssimos todos os irmãos da Província São José,
Paz e alegria no Senhor!
Sejamos sempre alegres e felizes ou “felicérrimos e alegrérrimos”!
Daqui a três dias partirei para o Cairo. Esta aventura que me fascina e me dá medo, mas confio no Senhor e nas orações de cada um de vocês. Sei que a minha decisão de ir ao Cairo pegou um pouco a todos de surpresa e sem entender nada do porquê. Foi simplesmente uma proposta do Padre Nosso Geral quando, em dezembro, passei pro Roma para que pudesse dar uma mãozinha no Cairo, em vista das vocações que têm lá. Não é segredo para ninguém que ao longo de toda a minha vida tenho amado e amo as vocações, e por elas estou disposto a fazer tudo, porque são a nossa esperança e o dom maior que Deus pode fazer para nós.
Que Deus continue a abençoar a nossa Província com santas vocações! Como fico feliz quando vejo que temos uma ordenação, uma profissão solene ou outro momento formativo que mostra a nossa vitalidade e dinamismo do entusiasmo carmelitano. E como fico triste quando vejo que este entusiasmo e amor vocacional que são reflexos do amor à nossa vocação diminuem! É preciso sermos sinais vivos do amor para a nossa vocação, vive-la com entusiasmo e amor, mesmo com as nossas limitações.
Nestes dias fui reler o que meditei em 1973, quando vim para o Brasil, o Documento Ad Gentes, do Concilio Vaticano II, n. 25 -26, e me encontrei novamente com os mesmos sentimentos, anseios e disposições de me inserir na realidade árabe, de me encarnar naquele povo e assumi-lo desde já como meu. Que Deus me ajude!
O Brasil constitui para mim o tesouro do coração e o Carmelo brasileiro que tenho visto e acompanhado por 37 anos constitui a minha mais profunda alegria. Acredito que se o Senhor me ajudar poderei, aos 65 anos, fazer alguma coisa no Egito, não será mais ma vida agitada e corrida, mas será uma “presença” silenciosa e orante. Que a sarça ardente de Moises me queime e quem sabe que o Senhor me vai repetir como a Moises: “Patrício, tira as sandálias, porque este lugar é santo!” Tenho consciência de que tenho não só um par de sandálias, mas uma “sapataria” que me impede de ser totalmente de Deus. não vou sozinho, levo no coração toda a Província e todos os meus co-irmãos que, no meu jeito, na minha maneira nem sempre agradável, amo e muito e pelos quais estou pronto a dar a vida.
Na medida em que se aproxima o dia sinto-me pobre e pequeno, mas ao mesmo tempo fortalecido pelas orações de todos.
A cada um o abraço fraterno, sincero e o pedido de orações. Agradeço a Deus por cada um e a todos o pedido de perdão por tudo de errado que posso ter feito. Maria, nossa mãe, seja nossa estrela e guia! Há quem desconfia que vou ficar por lá muito tempo, não sei, deixemos tudo isto nas mãos do Senhor. Não cabe a nós fazer projetos. Ousadia e humildade caminham sempre lado a lado.
E agora, no Cario, terão todos um lugar. Que vou fazer? Soube nestes dias que vou ser superior da única comunidade do Egito Schubra. Temos uma igreja de Santa Teresinha do Menino Jesus. Rezem por mim, vou sem dúvida mandar algumas notícias, embora no início seja necessário mais silêncio. A primeira palavra que fui aprendendo em árabe foi silêncio - SUKUT - que possa vivê-lo!
Que Deus abençoe a nossa Província e a todos nós, e sejamos com a graça de Deus bons Carmelitas Descalços.
Um abraço a cada um, unidos caminhemos onde o Senhor nos leva, embora não o saibamos, sempre ele nos leva onde é melhor para nós. Deixemo-nos conduzir!
Agradecer a todos um a um seria longo demais. Mas vamos agradecer “por atacado”. Obrigado à Província, às monjas e à Ordem Secular por tudo e rezem por mim. Encontrar-nos-emos todos os dias na Eucaristia. Que possamos viver com intensidade este caminhar de “Teresa” até o seu quinto Centenário do nascimento.
“Vossa sou, para vós nasci,
Que mandais fazer de mim?”
Um obrigado especial a esta Comunidade de São Paulo que me acolheu com amor: Frei Rubens, Frei Pierino, Frei Antonio, Frei José Maria, Frei Rafael, Frei Miguel, Frei Osman e Frei Geraldo. Obrigado! Frei Rubens deixou a minha cela intacta porque ele diz que daqui a três meses estou de volta... É só uma pequena viagem. Deus sabe.
Frei Patrício Sciadini, ocd.
Frei Patrício despede-se para ir ao Egito
Em celebração na Igreja de Santa Teresinha em Higienópolis, São Paulo, Frei Patrício Sciadini despediu-se da comunidade da qual era conventual e dos paroquianos, para preparar-se para sua viagem ao Egito.
Fr. Patrício será emprestado pela nossa Província à Casa Geral, sob cujo governo está diretamente sujeita a delegação do Egito e de Israel, e fará parte da comunidade de formação do Santuário de Santa Teresinha no Cairo. Na última viagem que fez à Itália, Nosso Padre Geral lhe fez o convite para ajudar aquela comunidade, especialmente para assumir a formação dos estudantes da Delegação. Generoso e sempre missionário, Fr. Patrício aceitou o pedido e obteve a licença de Fr. Alzinir, nosso Provincial, para esta ajuda.
A Delegação Geral de Israel e Egito é formada por frades de diversas nacionalidades, empenhados nos conventos de Stella Maris, Haifa e no Monte do Sacrifício (no Monte Carmelo) em Israel, e no Santuário de Santa Teresinha no Cairo. O atual delegado geral é também um italiano, Fr. Flavio Caloi, da Província de Veneza.
Fr. Patrício é italiano de origem, nascido em Arezzo, conterrâneo de Santa Teresa Margarida, no dia 5 de Março de 1945, em plena guerra mundial, e mineiro por adoção. Tendo ingressado no Carmelo, Província Toscana, cuja sede encontra-se em Florença, Fr. Patrício, recém-ordenado, ofereceu-se para fazer parte da missão que a Província mantinha em Caratinga - MG. Veio e ficou. Quando os conventos da Ordem erigidos no Sudeste do Brasil foram reunidos para a formação de uma delegação brasileira, Fr. Patrício abraçou de coração a nova realidade e a ela dedicou-se de alma e corpo, assumindo diversas tarefas na nova circunscrição: mestre de estudantes, superior, comissário por duas vezes consecutivas, ao mesmo tempo em que empenhou-se em divulgar nossa espiritualidade através de inúmeros escritos e como pregador de retiros, com seu entusiasmo e a inspiração que todos conhecemos.
Sua viagem está prevista para o dia 17 de abril. Todos aguardamos que possa servir no Egito por estes anos e retornar o quanto antes à sua Província e ao seu país adotivo. Que Deus o ilumine, Fr. Patrício, que faça por lá muito do bem que o sr. fez e faz por aqui. Aguardamo-lo em breve.
UM TRIO MINEIRIM, UAI !!!!!
Stefanne Rangel Fonseca Gomes (21 anos) São João do Oriente
Wender de Almeida Ferreira (19 anos) Três Pontas
Luiz Fernando Vieira da Silva (21 anos) Pouso Alegre
Fr. Patrício homenageia as mulheres lembrando das mulheres da sua vida Por ocasião do dia internacional da mulher
Não conheci meu pai. Ele foi vítima da guerra e morreu aos 12 de julho de 1944. Nada de mais insano que a guerra. Em sua irracionalidade, alimenta o desejo de grandeza e de orgulho de poucos políticos, pagando o duro preço com vidas humanas que vão à guerra e morrem sem saber por que. Na morte de meu pai, minha mãe Domênica estava grávida de mim. Ela me educou com amor e com carinho e, na sua pobreza, soube dar-me princípios de respeito e de amor para com todas as pessoas. Nunca fez pesar sobre mim a falta de pai, mas, com a ternura feminina que possuía, introduziu-me na vida. Dela aprendi muitas coisas e uma das mais importantes foi respeitar as mulheres e ter para com elas uma veneração muito grande. Nas mulheres, sempre vi espelhada a grandeza de coração e a força educativa - não com as palavras, mas com a vida.
Em minha mãe, quero prestar a minha homenagem a todas as mulheres mães que lutam para educar os próprios filhos. As viúvas que, vendo-se privadas da presença do marido, sabem viver com dignidade a própria viuvez na fidelidade ao amado que lhes foi arrancado com a morte. Recordo minha mãe dizer que nunca se casaria de novo porque o amor prometido a meu pai foi para sempre.
Na vida religiosa, tive a alegria de escolher uma Ordem, o Carmelo, onde as mulheres sempre tiveram uma projeção toda especial e foram grandes educadoras. Mulheres que, pela própria santidade e humanidade, souberam viver uma missão especial. No Carmelo nunca faltou o feminino que dá a todos os carmelitas descalços um toque todo particular. Conviver com uma espiritualidade dirigida por mulheres não somente é um fato acidental, mas algo de mais profundo e essencial.
Nunca poderei esquecer o meu primeiro encontro com Santa Teresa de Ávila. Nela, vi o reflexo do amor de Deus e o amor de minha mãe Domênica. Teresa cativou-me imediatamente, não tanto pela sua inteligência, nem pela sua experiência mística da qual nada sabia, mas pela sua humanidade, pela sua simpatia. Eu a considerava uma mulher bonita, atraente, delicada. Uma mulher que sabia, com fino humor, vencer todas as barreiras. À medida que fui lendo seus escritos, encontrei-me seduzido por ela e fiz dela minha mãe, mestra e mistagoga nos caminhos do Espírito. Ela revela toda a profundidade do coração feminino, sabe tratar de Deus com extrema simplicidade e aplica aos mistérios do amor eterno o amor humano. Como é bonito quando ela diz que não encontrou nenhum exemplo para falar do matrimônio espiritual a não ser o matrimônio humano. "...Deu-me sua mão direita e disse-me: 'olha este cravo, é sinal que serás minha esposa desde hoje... daqui por diante não só como Criador e como Rei e teu Deus olharás a minha honra, mas como verdadeira esposa minha'."
Como costuma chamar a Jesus "meu Esposo"! E trata-o com tanta ternura e bondade... "Vós bem sabeis, Bem meu, que, se tenho algum bem, ele não me é dado por outras mãos senão pelas Vossas... sois o Bem que supera todos os bens... Ó meu Senhor e meu Esposo, já é hora de nos vermos!"
Em Teresa de Ávila quero prestar a minha sincera homenagem a todas as mulheres que no dia-a-dia lutam na experiência mística e que nos ensinam a rezar com o nosso coração humano. A todas as teólogas que, com força e quase "violência", conquistam o próprio espaço na teologia, na mística, na Igreja, na sociedade.
Em Santa Teresinha do Menino Jesus, Elisabeth da Trindade, Teresa de los Andes, encontrei irmãs me que fizeram compreender que a mulher jamais pode ser "objeto", mas uma companheira fiel na vida com quem tecemos, quer sejamos casados ou celibatários, um relacionamento de amor.
A maior alegria é quando sabemos olhar nos olhos de uma mulher contemplando nela a beleza do Deus criador. Jesus deu-nos a medida da nossa pureza e de como devemos ver as mulheres. "Quem olhar uma mulher desejando-a já cometeu adultério" (Mt 5,28). E a mulher que olhou para o homem desejando-o já cometeu adultério. Sabemos em que consiste esse desejo. É o desejo da paixão não purificada, do amor sensual e sexual não visto como caminho de complementaridade e de sentido profundo da vida.
Nenhuma mulher poderá viver sem a presença do homem e nenhum homem sem a presença da mulher. Deus os fez homem e mulher para se ajudarem mutuamente.
Assim como a mulher humaniza o homem e educa-o para a sensibilidade e ternura, também o homem ajuda a mulher a ser mais objetiva na vida e na forma de se expressar. Ele pode educá-la a uma purificação de sentimentalismos exagerados, pode levá-la a uma profundidade e agudeza maior de pensamento e à busca do essencial. Num relacionamento de verdadeiro companheirismo entre o homem e a mulher, nota-se também como geralmente o homem transmite à mulher um sentido de segurança e de coragem, enquanto esta sabe ficar no anonimato para ceder consciente e livremente o lugar de destaque a ele. É próprio na mulher uma certa capacidade para a oblatividade.
A nova fecundidade e maternidade que devemos buscar é gerar ao nosso redor o verdadeiro amor. Um amor que constrói e que nos torna capazes de doar a nossa vida.
Nestas santas do Carmelo quero prestar a minha homenagem a todas as jovens que buscam na vida consagrada não uma fuga, mas a plenitude, a dedicação sem limites, e assumem, desde a própria consagração, todos os sofrimentos da humanidade.
Patrício Sciadini, ocd
Procuradora do Estado opta pela vida em clausura
Esta é a notícia publicada no site da Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais sobre a decisão tomada por Cristina Lopes, de ingressar na vida religiosa na Ordem do Carmelo Descalço, como monja de clausura. Cristina hoje é noviça no Carmelo Nossa Senhora Aparecida em Belo Horizonte
A Procuradora do Estado da Advocacia Regional de Contagem, Cristina Lopes Cançado Fonseca, decidiu ingressar na ordem religiosa das Carmelitas Descalças. Essas carmelitas seguem a regra de Santa Tereza D’Ávila que preconiza a oração, o silêncio e trabalhos manuais para a vida em clausura. Na qualidade de postulante, Cristina foi admitida, em oito de setembro, no Carmelo Nossa Senhora Aparecida, que fica na rua Desembargador Tinoco, 322, Caiçara, em Belo Horizonte.
A formação das monjas constitui-se de quatro etapas: postulante, noviciado, votos temporários e perpétuos, de pobreza, castidade e obediência. Confirmada a vocação, com os votos perpétuos, a carmelita é vinculada definitivamente à ordem, não podendo mais abandoná-la, exceto se tiver autorização do Papa.
Essa ordem surgiu, na Palestina, com o Profeta Elias e sua comunidade religiosa no Monte Carmelo. A distinção entre carmelitas calçados e descalços aconteceu no século XVI com a reforma realizada pos Santa Tereza D’Ávila e São João da Cruz. A ordem das carmelitas enclausuradas tem como principais expoentes Santa Terezinha do Menino Jesus e Edith Stein.