Exortações sobre a vida espiritual da Regra de Santo Alberto de Jerusalém, legislador da Regra para os Carmelitas Descalços.
Porque a vida do homem sobre a terra é uma contínua tentação e os que piamente querem viver em Cristo padecem perseguições e também porque o demônio, vosso adversário, como um leão rugindo, anda cm continuado giro, buscando a quem devorar, procurai com o maior cuidado vestir-vos das armas de Deus para poderdes resistir a seus assaltos.
Cingi, pois, vossos corpos com o cinto da castidade e fortalecei vosso peito com pensamentos santos, pois está escrito: "A consideração santa te guardará". Deveis vestir a couraça da justiça para que, com todo o vosso coração, com toda a vossa alma e com toda a vossa fortaleza, ameis ao Senhor vosso Deus e ao próximo como a vós mesmos.
Em todas as ocasiões haveis de armar-vos com o escudo da fé, no qual possais rebater e extinguir os incêndios golpes do inimigo, pois, sem fé é impossível agradar a Deus. Ponde sobre vossas cabeças o capacete da salvação para que só do Salvador, que salva o seu povo de todos os pecados, espereis salvação. A espada, porém, do espírito, que é a Palavra de Deus, esteja sempre abundantemente em vossa boca e em vossos corações, e tudo quanto fizerdes, fazei-o em nome do Senhor.
Recomenda o Apóstolo o silêncio quando nele mesmo manda trabalhar, assim como o Profeta testifica que o culto da justiça é o silêncio, e noutro lugar, "no silêncio e na esperança estará a vossa fortaleza", pois está escrito e ensina a
experiência: "no muito falar não faltará pecado". E "quem é inconsiderado em suas palavras experimentará danos". E também: "Aquele que fala muito ofende a sua alma". E o Senhor diz no Evangelho; "De toda palavra ociosa que os homensdisserem darão conta no dia do juízo". Faça, pois, cada um de vós uma balança para as suas palavras, e freios retos para a sua boca, a fim de não pecar e cair pela sua língua, de sorte que seja incurável e mortal a sua queda; guarde com o Profeta os seus caminhos para que não peque com a sua língua, e procure com diligência e cautela guardar o silêncio no qual está todo o culto da justiça.
Festa no Carmelo Descalço - Santo Alberto de Jerusalém, Legislador da nossa Ordem - 17 de setembro
Nossa Senhora das Dores-Padroeira de Minas Gerais
Ó Mãe bem-aventurada, verdadeiramente uma espada transpassou vossa alma! A não ser assim, não teria podido traspassar a carne de vosso Filho. Com efeito, depois que vosso Jesus — o Jesus de todos, sim, mas especialmente vosso — exalou o último suspiro, a lança cruel que lhe feriu o lado... não atingiu sua alma e, sim, a vossa. A dele já não estava no Corpo; a vossa não podia ser arrancada. A força da dor penetrou vossa alma! Assim vos consideramos mais do que mártir, pois padecestes intimamente com ele no espírito em tal medida que superou, de muito, os sofrimentos físicos.
Não terão sido para vós mais que espada, e não vos traspassaram a alma e o espírito as palavras de Cristo: "Mulher, eis aí teu filho"? Que troca! Recebeis João em lugar de Jesus, o servo em lugar do Senhor, o discípulo em lugar do Mestre, o filho de Zebedeu em lugar do Filho de Deus, um simples homem em lugar do verdadeiro Deus.
São Bernardo, De duódecim praerogativis B.M.V. 14-15
Não terão sido para vós mais que espada, e não vos traspassaram a alma e o espírito as palavras de Cristo: "Mulher, eis aí teu filho"? Que troca! Recebeis João em lugar de Jesus, o servo em lugar do Senhor, o discípulo em lugar do Mestre, o filho de Zebedeu em lugar do Filho de Deus, um simples homem em lugar do verdadeiro Deus.
São Bernardo, De duódecim praerogativis B.M.V. 14-15
Ave Crucis
...contitui o "Evangelium Pauli", a mensagem que anucia aos judeus e gentios. É uma mensagem sensível, sem adornos, sem pretenção alguma de persuadir com argumentos racionais. Retira toda a sua força do testemunho mesmo que anuncia e este é a Cruz de Cristo, quer dizer a morte e ressurreição de Cristo na Cruz e o mesmo Crucificado.
E é a morte de Cruz o meio de salvação escolhido pela infinita sabedoria. E para demonstrar que a força e a sabedoria humana são incapazes de conseguir a Redenção, foi dada a força Salvadora àquele que, segundo as medidas humanas, parece débil e louco: o que não quer ser nada por si mesmo, senão que deixar que a força de Deus se faça nEle, Ele que despojou de si mesmo e " se fez obediente até a morte e morte de Cruz" ( Fl 2,7-8).
A força salvadora , quer dizer, o poder de ressucitar para a vida aqueles que estavam mortos para a vida divina por causa do pecado. Esta força salvadora da Cruz passou para a palavra da Cruz, através desta palavra, se comunica a todos que a recebem e se abrem a ela sem pretender milagres nem fundamentos da sabedoria humana: neles se convertem para esta força vivificadora e formadora que chamam Ciência da Cruz.
O mesmo São Paulo cumpriu esta perfeição: " Mas eu, pela mesma lei morri à lei, para viver para Deus; estou crucificado com Cristo, e já não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim. E ainda que vivo na carne, vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim" (Gl 2,19-20).
(...) Porque todos que foram batizados em Cristo foram batizados em sua morte ( Rom. 6,3ss). Foram submergidos em sua vida para se tornarem membros de seu corpo e, como tais padecer e morrer com Ele, mas também ressuscitar com Ele para a vida eterna e divina.
Esta vida chegará para todos plenamente no dia de sua glória. Sem empedimentos, já agora- "na carne"- tomamos parte dEle quando cremos: cremos que Cristo morreu por nós para dar-nos a vida. Esta fé é que nos permite ser uma só coisa com Ele na unidade que possuem os membros com a cabeça e abre para nós a torrente de sua vida. Tal é a fé no Crucificado, a fé viva que, unida a um abandono amoroso se constitue para nós a entrada para a vida e o princípio da futura glorificação: que aqui é a Cruz nosso único título de glória:
"Quanto a mim, não queira Deus que eu me glorie e não ser na Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (Gl. 6,17).
Aquele que se deidiu pelo Cristo, esta morto para o mundo e o mundo para ele. (...) A Cruz não é um fim em si mesma. Ela se eleva e se coloca no alto. Por esta razão, não é somente um símbolo, mas uma arma poderosa de Cristo, o cajado do pastor, com o qual o divino David saiu à combater contra o Golias infernal e com a qual chama, com autoridade, à porta do Céu e ela se abre. Desde então fluem torrentes de luz divina que envolvem a todos que seguem o Crucificado".
A Ciência da Cruz, Santa Teresa Benedita da Cruz.
E é a morte de Cruz o meio de salvação escolhido pela infinita sabedoria. E para demonstrar que a força e a sabedoria humana são incapazes de conseguir a Redenção, foi dada a força Salvadora àquele que, segundo as medidas humanas, parece débil e louco: o que não quer ser nada por si mesmo, senão que deixar que a força de Deus se faça nEle, Ele que despojou de si mesmo e " se fez obediente até a morte e morte de Cruz" ( Fl 2,7-8).
A força salvadora , quer dizer, o poder de ressucitar para a vida aqueles que estavam mortos para a vida divina por causa do pecado. Esta força salvadora da Cruz passou para a palavra da Cruz, através desta palavra, se comunica a todos que a recebem e se abrem a ela sem pretender milagres nem fundamentos da sabedoria humana: neles se convertem para esta força vivificadora e formadora que chamam Ciência da Cruz.
O mesmo São Paulo cumpriu esta perfeição: " Mas eu, pela mesma lei morri à lei, para viver para Deus; estou crucificado com Cristo, e já não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim. E ainda que vivo na carne, vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim" (Gl 2,19-20).
(...) Porque todos que foram batizados em Cristo foram batizados em sua morte ( Rom. 6,3ss). Foram submergidos em sua vida para se tornarem membros de seu corpo e, como tais padecer e morrer com Ele, mas também ressuscitar com Ele para a vida eterna e divina.
Esta vida chegará para todos plenamente no dia de sua glória. Sem empedimentos, já agora- "na carne"- tomamos parte dEle quando cremos: cremos que Cristo morreu por nós para dar-nos a vida. Esta fé é que nos permite ser uma só coisa com Ele na unidade que possuem os membros com a cabeça e abre para nós a torrente de sua vida. Tal é a fé no Crucificado, a fé viva que, unida a um abandono amoroso se constitue para nós a entrada para a vida e o princípio da futura glorificação: que aqui é a Cruz nosso único título de glória:
"Quanto a mim, não queira Deus que eu me glorie e não ser na Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (Gl. 6,17).
Aquele que se deidiu pelo Cristo, esta morto para o mundo e o mundo para ele. (...) A Cruz não é um fim em si mesma. Ela se eleva e se coloca no alto. Por esta razão, não é somente um símbolo, mas uma arma poderosa de Cristo, o cajado do pastor, com o qual o divino David saiu à combater contra o Golias infernal e com a qual chama, com autoridade, à porta do Céu e ela se abre. Desde então fluem torrentes de luz divina que envolvem a todos que seguem o Crucificado".
A Ciência da Cruz, Santa Teresa Benedita da Cruz.
Beata Maria de Jesus - 12 de setembro
Nasceu em Tartanedo, Espanha, em 1560. Entrou para as carmelitas descalças de Toledo em 1577 e fez sua profissão religiosa em 1578. Aí passou toda a sua vida consagrada ao louvor divino, com exceção do tempo que dedicou à fundação do mosteiro de Cuerva, em 1585. Morreu em Toledo, no dia 13 de setembro de 1640. Santa Teresa de Jesus, nossa mãe, apreciou-a muito. Foi insigne pela contemplação dos mistérios de Cristo, vividos, intimamente, na sagrada Liturgia e numa plena experiência pessoal.
Que ela nos inspire o mesmo desejo de buscar a Deus.
Canonização...
O Santo Padre Bento XVI autorizou o proefeito da Congregação para Causa dos Santos, Cardial José Saraiva Martins, a publicar a canonização do Beato Nuño Álvares Pereira (1360-1431) por seus feitos heróicos. Agradeçamos a Deus por mais esta sua manifestação de amor e carinho na vida de seus filhos, que entregam sua vida a forvor do Reino de Deus. Aguardemos a data da canonização.
Natividade de Nossa Senhora - 08 de setembro
Vossa Natividade, ó Maria, foi aurora e esperança de salvação para o mundo inteiro [Depois da Comunhão]
"Celebremos com alegria a Natividade da bem-aventurada Virgem Maria. De vós, ó Maria, surgiu o Sol de justiça, Cristo, nosso Deus" (Entrada da Missa). Prelúdio do Natal de Jesus é o nascimento de Maria, porque com o aparecimento de Nossa Senhora neste mundo começa a realização do plano de Deus, isto é, a Encarnação do Verbo. Na Virgem de Nazaré, o Altíssimo prepara-lhe a Mãe. A Mãe preanuncia o Filho, diz que ele está para vir: estão para se tornar história as antigas promessas de salvação da humanidade. Aqui está toda a grandeza de Maria; é a criatura por Deus escolhida para mãe de seu Unigênito, Preconizou-a Miquéias como "aquela que há de dar à luz" (5,2), designando o tempo de seu parto como o início de nova era quando de "Belém de Éfrata... virá quem está destinado a reinar em Israel" (ibidem, l). Em Belém, ao nascer Jesus da Virgem Maria, inicia-se a era da salvação messiânica.
Portanto, a Natividade de Maria é a aurora da Redenção. O nascimento de Nossa Senhora projetará nova luz sobre toda a humanidade; luz de inocência, de pureza, de graça, aurora do grande Sol que iluminará, que inundará a terra quando parecer Jesus, "Luz do mundo".
Nossa Senhora foi preservada do pecado e cheia de graça em vista dos méritos de Cristo. Assim não só anuncia a Redenção próxima, como também traz em si as primícias dela, como primeira remida de seu divino Filho. Primeira flor desabrochada antecipadamente do mistério pascal de Jesus foi a Imaculada Conceição de Maria, flor que alegrará o mundo e atrairá as complacências do
Altíssimo.
Depois do Natal de Jesus, nenhum outro nascimento foi tão importante aos olhos de Deus e tão precioso para o bem da humanidade quanto o de Maria. Entretanto, tal evento permanece na sombra. Ninguém o registrou, nada falam dele as Sagradas Escrituras, No silêncio desaparecem as origens de Nossa Senhora, assim como no silêncio desapareceu toda a sua vida. A Natividade de Maria é grandioso acontecimento envolto em profunda humildade. Quanto mais quisermos crescer aos olhos de Deus, tanto mais humildes, pequenos havemos de ser, e tanto mais nos ocultar aos nossos olhos e aos dos outros!
A primeira vez em que aparece Maria no Evangelho de Mateus é no fim da genealogia de Jesus: "Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo" (1,16). Em Lucas, aparece pela primeira vez no relato da Anunciação do Senhor. Em Marcos e João, só mais tarde, durante o ministério público de Filho. Em todo caso, Maria só entra no Evangelho em vista de Jesus, como Mãe do Salvador. Embora se note a presença de Maria em muitas páginas dos Evangelhos, mormente de Lucas, é tão discreta e velada a ponto de desaparecer na do Filho, Perde-se e desaparece a vida de Maria na de Jesus, Ela viveu verdadeiramente oculta com Cristo em Deus. Viveu na sombra não só durante a infância, mas também depois, quando Mãe de Deus, até nos momentos de triunfo do Filho e até quando certa mulher, entusiasmada com a pregação de Jesus, ergueu a voz em meio à multidão gritando: "Feliz o seio que te trouxe!" (Lc 11,27).
A festa mariana celebrada hoje pela Liturgia é, pois, convite à vida oculta com Maria em Cristo, e com Cristo em Deus. Feliz quem Deus conduz através das circunstâncias, pelo caminho da humildade, da simplicidade, longe de tudo que brilha aos olhos humanos! Só tem de aderir ao plano divino, para entrar nas fileiras dos pobres de espírito a quem o reino dos céus foi prometido. Mas também os que se empenham, por dever, em grandes responsabilidades e estão colocados em evidência, por ofício, na sociedade ou na Igreja, são chamados a imitar a atitude de Maria. Cumpre aprendermos dela a agir de modo a poder servir aos irmãos sem alarde, sem nos fazer valer, sem nos arrogar direitos a privilégios, antes buscando eclipsar-nos, sobretudo quando já não é necessária nossa atividade. Quem aspira imitar Nossa Senhora há de ter ânsia de ocultar-se à sombra de Deus, convicto de que, se lhe foi concedido fazer alguma obra, foi dom divino e deve em proveito do bem comum e da glória do Altíssimo.
"Celebremos com alegria a Natividade da bem-aventurada Virgem Maria. De vós, ó Maria, surgiu o Sol de justiça, Cristo, nosso Deus" (Entrada da Missa). Prelúdio do Natal de Jesus é o nascimento de Maria, porque com o aparecimento de Nossa Senhora neste mundo começa a realização do plano de Deus, isto é, a Encarnação do Verbo. Na Virgem de Nazaré, o Altíssimo prepara-lhe a Mãe. A Mãe preanuncia o Filho, diz que ele está para vir: estão para se tornar história as antigas promessas de salvação da humanidade. Aqui está toda a grandeza de Maria; é a criatura por Deus escolhida para mãe de seu Unigênito, Preconizou-a Miquéias como "aquela que há de dar à luz" (5,2), designando o tempo de seu parto como o início de nova era quando de "Belém de Éfrata... virá quem está destinado a reinar em Israel" (ibidem, l). Em Belém, ao nascer Jesus da Virgem Maria, inicia-se a era da salvação messiânica.
Portanto, a Natividade de Maria é a aurora da Redenção. O nascimento de Nossa Senhora projetará nova luz sobre toda a humanidade; luz de inocência, de pureza, de graça, aurora do grande Sol que iluminará, que inundará a terra quando parecer Jesus, "Luz do mundo".
Nossa Senhora foi preservada do pecado e cheia de graça em vista dos méritos de Cristo. Assim não só anuncia a Redenção próxima, como também traz em si as primícias dela, como primeira remida de seu divino Filho. Primeira flor desabrochada antecipadamente do mistério pascal de Jesus foi a Imaculada Conceição de Maria, flor que alegrará o mundo e atrairá as complacências do
Altíssimo.
Depois do Natal de Jesus, nenhum outro nascimento foi tão importante aos olhos de Deus e tão precioso para o bem da humanidade quanto o de Maria. Entretanto, tal evento permanece na sombra. Ninguém o registrou, nada falam dele as Sagradas Escrituras, No silêncio desaparecem as origens de Nossa Senhora, assim como no silêncio desapareceu toda a sua vida. A Natividade de Maria é grandioso acontecimento envolto em profunda humildade. Quanto mais quisermos crescer aos olhos de Deus, tanto mais humildes, pequenos havemos de ser, e tanto mais nos ocultar aos nossos olhos e aos dos outros!
A primeira vez em que aparece Maria no Evangelho de Mateus é no fim da genealogia de Jesus: "Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo" (1,16). Em Lucas, aparece pela primeira vez no relato da Anunciação do Senhor. Em Marcos e João, só mais tarde, durante o ministério público de Filho. Em todo caso, Maria só entra no Evangelho em vista de Jesus, como Mãe do Salvador. Embora se note a presença de Maria em muitas páginas dos Evangelhos, mormente de Lucas, é tão discreta e velada a ponto de desaparecer na do Filho, Perde-se e desaparece a vida de Maria na de Jesus, Ela viveu verdadeiramente oculta com Cristo em Deus. Viveu na sombra não só durante a infância, mas também depois, quando Mãe de Deus, até nos momentos de triunfo do Filho e até quando certa mulher, entusiasmada com a pregação de Jesus, ergueu a voz em meio à multidão gritando: "Feliz o seio que te trouxe!" (Lc 11,27).
A festa mariana celebrada hoje pela Liturgia é, pois, convite à vida oculta com Maria em Cristo, e com Cristo em Deus. Feliz quem Deus conduz através das circunstâncias, pelo caminho da humildade, da simplicidade, longe de tudo que brilha aos olhos humanos! Só tem de aderir ao plano divino, para entrar nas fileiras dos pobres de espírito a quem o reino dos céus foi prometido. Mas também os que se empenham, por dever, em grandes responsabilidades e estão colocados em evidência, por ofício, na sociedade ou na Igreja, são chamados a imitar a atitude de Maria. Cumpre aprendermos dela a agir de modo a poder servir aos irmãos sem alarde, sem nos fazer valer, sem nos arrogar direitos a privilégios, antes buscando eclipsar-nos, sobretudo quando já não é necessária nossa atividade. Quem aspira imitar Nossa Senhora há de ter ânsia de ocultar-se à sombra de Deus, convicto de que, se lhe foi concedido fazer alguma obra, foi dom divino e deve em proveito do bem comum e da glória do Altíssimo.
Frei Gabriel de Sta. Maria Madalena, OCD.
Da obra intitulada, Intimidade Divina, ed. Loyola
Meditar dia e noite a Lei do Senhor
Como cumprir essa ordem na vida secular? Será possível?
A palavra de Deus que é luz da nossa vida é que me impulsiona.
Agradeço a Deus por estar me fazendo Carmelita, digo fazendo, porque dia a dia percorro o caminho que é longo, afinal é um processo nossa história com Deus.
Sou filho de uma família muito católica e desde cedo sempre participei efetivamente da igreja, mas na minha vida como Carmelita, tudo começou a partir da abertura a Deus, por sua palavra que foi me comunicada através da Ana quando ainda minha namorada.
O tempo passou e a OCDS se tornou realidade aqui em Caratinga e eu carmelita. Carmelita para meditar a lei do Senhor, na família, estudo, trabalho, lazer.
Busco com a graça do Pai nesse século ser orante, experimentando na riqueza da liturgia das horas, eucaristia, vida na comunidade, província, a presença de Deus que se deixa encontrar na simplicidade da vida.
Nada de extraordinário, mas quanta mudança Ele já fez em mim, desde que tudo começou.
Minha família cresceu, minha história ficou mais viva. Posso dizer que cruzes não me faltaram: desemprego, doenças, conflitos diversos. Mesmo assim aqui estou eu, um homem feliz que atua no século, no meu trabalho que é ligado diretamente com pessoas a todo tempo (representante comercial). Sendo esposo, amigo e atuante na paróquia que faço parte e na província como membro de uma comunidade e conselheiro provincial.
Em resposta a palavra de Deus, trago conscientemente dentro de mim a presença do Amado a qual me impulsiona a prosseguir e fazer do Carmelo minha vida.
Amo ser Carmelita, já disse até meu sangue é marrom (rsrsrsrs).
“meditar dia e noite a lei do senhor”, reconhecer no cotidiano da vida e deixar acontecer verdadeiramente o que essa Lei do Senhor nos aponta.
Deus me ajude e com o apoio de meus irmãos e irmãs ser cada dia mais Carmelita, pois só assim serei capaz de atender o Seu chamado, imitando nossos pais João da Cruz e Santa Teresa.
José Paulo Scarabelli
José Paulo da Santíssima Trindade-OCDS
(Concelheiro e delegado da OCDS)
A palavra de Deus que é luz da nossa vida é que me impulsiona.
Agradeço a Deus por estar me fazendo Carmelita, digo fazendo, porque dia a dia percorro o caminho que é longo, afinal é um processo nossa história com Deus.
Sou filho de uma família muito católica e desde cedo sempre participei efetivamente da igreja, mas na minha vida como Carmelita, tudo começou a partir da abertura a Deus, por sua palavra que foi me comunicada através da Ana quando ainda minha namorada.
O tempo passou e a OCDS se tornou realidade aqui em Caratinga e eu carmelita. Carmelita para meditar a lei do Senhor, na família, estudo, trabalho, lazer.
Busco com a graça do Pai nesse século ser orante, experimentando na riqueza da liturgia das horas, eucaristia, vida na comunidade, província, a presença de Deus que se deixa encontrar na simplicidade da vida.
Nada de extraordinário, mas quanta mudança Ele já fez em mim, desde que tudo começou.
Minha família cresceu, minha história ficou mais viva. Posso dizer que cruzes não me faltaram: desemprego, doenças, conflitos diversos. Mesmo assim aqui estou eu, um homem feliz que atua no século, no meu trabalho que é ligado diretamente com pessoas a todo tempo (representante comercial). Sendo esposo, amigo e atuante na paróquia que faço parte e na província como membro de uma comunidade e conselheiro provincial.
Em resposta a palavra de Deus, trago conscientemente dentro de mim a presença do Amado a qual me impulsiona a prosseguir e fazer do Carmelo minha vida.
Amo ser Carmelita, já disse até meu sangue é marrom (rsrsrsrs).
“meditar dia e noite a lei do senhor”, reconhecer no cotidiano da vida e deixar acontecer verdadeiramente o que essa Lei do Senhor nos aponta.
Deus me ajude e com o apoio de meus irmãos e irmãs ser cada dia mais Carmelita, pois só assim serei capaz de atender o Seu chamado, imitando nossos pais João da Cruz e Santa Teresa.
José Paulo Scarabelli
José Paulo da Santíssima Trindade-OCDS
(Concelheiro e delegado da OCDS)
Santa Teresa Margarida do Sagrado Coração de Jesus - 01 de setembro
Nasceu em Arezzo, na Toscana, da nobre família Redi, em 1747. entrou para o Mosteiro das Carmelitas Descalças de Florença, no dia 01 de setembrode 1764. Teve uma particular experiência comtemplativa, fundada na palavra do apóstolo São João: "Deus é Amor". Viveu no amor e na imolação de si mesma e atingiu, rapidamente, a perfeição, no serviço constante e heróico de suas irmãs. Morreu em Florença, em 1770.
Das Atas da canonização
(Decr. "super tufo" - AAS 26 [1934], 105-106)
O amor de Cristo nos impele
A vida de Teresa Margarida, concluída num breve lapso de tempo, foi uma contínua ascensão do seu inocente coração a Deus.
Espontaneamente, sua alma pura procurava a Deus e parecia-lhe que somente ele poderia encontrar repouso. A pureza interior, uniu-se profundíssima humildade, desejando sinceramente ser desconhecida e desprezada, suportando as humilhações, não só com paciência, mas com alegria. Esta pureza de coração e humildade de espírito mereceram-lhe ser elevada a altíssimo grau de amor que, em breve tempo, inflamou-a de seráficos ardores. Chegou a ponto de quase não poder falar de Deus sem que o seu rosto irradiasse luz. Este divino amor inundou-a de zelo para com o próximo, de modo particular, para com os pecadores, pêlos quais se ofereceu a Deus, generosamente, em holocausto.
Servia as suas irmãs de comunidade, de modo especial as enfermas, com tão humilde delicadeza e abnegação de si mesma, que parecia um anjo de caridade. Nutria a chama deste amor com o pão eucarístico, ardentemente desejado e com um culto especial ao sacratíssimo Coração de Jesus, precisamente numa época em que o erro jansenista que serpenteava também na Toscana, combatia tão proveitosa devoção. Foi particularmente viva sua fé na Virgem Mãe de Deus, escolhida como exemplo e advogada de sua candura virginal.
Enriquecida com o dom de uma alta contemplação, uniu-se cada vez mais a Deus, quase antecipando os esplendores da eternidade já tão próxima. Efetivamente, pelo fim de sua vida, como verdadeira filha da Santa Madre Teresa e fiel discípula de São João da Cruz, reproduziu-se-lhe na alma, em místico martírio, a imagem viva do Esposo crucificado. A própria veemência do amor foi a causa deste martírio. Com efeito, quanto mais ardente é o amor, mais impele a alma a amar. E, não podendo igualar-se à infinita amabilidade de Deus, um inextinguível desejo de amar mais atormenta a alma, enquanto se crê abandonada por Deus e imersa como numa noite escura. Quanto maior é o amor, menor se afigura aos próprios olhos.
Todavia, a alma crucificada com Cristo, por este supremo martírio do coração, adquire para si e para os outros, frutos mais copiosos de redenção. As almas mais puras e mais perfeitas da Igreja são as que através do sofrimento, do amor e da oração contribuem, pelo seu apostolado oculto, para o bem de todos
(Decr. "super tufo" - AAS 26 [1934], 105-106)
O amor de Cristo nos impele
A vida de Teresa Margarida, concluída num breve lapso de tempo, foi uma contínua ascensão do seu inocente coração a Deus.
Espontaneamente, sua alma pura procurava a Deus e parecia-lhe que somente ele poderia encontrar repouso. A pureza interior, uniu-se profundíssima humildade, desejando sinceramente ser desconhecida e desprezada, suportando as humilhações, não só com paciência, mas com alegria. Esta pureza de coração e humildade de espírito mereceram-lhe ser elevada a altíssimo grau de amor que, em breve tempo, inflamou-a de seráficos ardores. Chegou a ponto de quase não poder falar de Deus sem que o seu rosto irradiasse luz. Este divino amor inundou-a de zelo para com o próximo, de modo particular, para com os pecadores, pêlos quais se ofereceu a Deus, generosamente, em holocausto.
Servia as suas irmãs de comunidade, de modo especial as enfermas, com tão humilde delicadeza e abnegação de si mesma, que parecia um anjo de caridade. Nutria a chama deste amor com o pão eucarístico, ardentemente desejado e com um culto especial ao sacratíssimo Coração de Jesus, precisamente numa época em que o erro jansenista que serpenteava também na Toscana, combatia tão proveitosa devoção. Foi particularmente viva sua fé na Virgem Mãe de Deus, escolhida como exemplo e advogada de sua candura virginal.
Enriquecida com o dom de uma alta contemplação, uniu-se cada vez mais a Deus, quase antecipando os esplendores da eternidade já tão próxima. Efetivamente, pelo fim de sua vida, como verdadeira filha da Santa Madre Teresa e fiel discípula de São João da Cruz, reproduziu-se-lhe na alma, em místico martírio, a imagem viva do Esposo crucificado. A própria veemência do amor foi a causa deste martírio. Com efeito, quanto mais ardente é o amor, mais impele a alma a amar. E, não podendo igualar-se à infinita amabilidade de Deus, um inextinguível desejo de amar mais atormenta a alma, enquanto se crê abandonada por Deus e imersa como numa noite escura. Quanto maior é o amor, menor se afigura aos próprios olhos.
Todavia, a alma crucificada com Cristo, por este supremo martírio do coração, adquire para si e para os outros, frutos mais copiosos de redenção. As almas mais puras e mais perfeitas da Igreja são as que através do sofrimento, do amor e da oração contribuem, pelo seu apostolado oculto, para o bem de todos
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