«Se, por vezes, ele [fala sobre si próprio]
está um pouco ausente desta divina presença,
Deus faz-se sentir rapidamente na sua alma
para o chamar,
coisa que lhe acontece frequentemente
sempre que está mais empenhado
nas suas ocupações exteriores.
Ele responde com exata fidelidade
a estas graças interiores:
ou com uma elevação do seu coração
em direção a Deus,
ou com um olhar doce e amoroso,
ou com algumas palavras
que o amor forma nos seus encontros,
por exemplo:
“Meu Deus, eis-me todo aqui para Vós:
Senhor, fazei-me segundo o vosso Coração.”»
«E então parece-lhe que, com efeito,
sente que este Deus de amor
Se contenta com estas poucas palavras,
readormece e descansa no fundo
e centro da sua alma.
A experiência destas coisas
fazem-no tão certo de que Deus
está sempre no fundo da sua alma
que não pode ter qualquer dúvida disso,
o que quer que faça ou que lhe aconteça.»
Frei Lourenço da Ressurreição | 1614 – 1691
Carta 01. A uma Religiosa. 01 de Junho de 1682
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