Reforma Teresiana...

Entre todas as tentativas de reforma na Ordem do Carmo, a mais definitiva e eficaz foi a empreendida por Santa Teresa de Jesus, na cidade espanhola de Ávila dos Cavaleiros. O que não conseguiram homens santos e sábios, o conseguiu esta mulher, lutando contra marés, graças à ajuda divina mais que humana.

Ao ver a vontade clara do Senhor, Teresa pôs mãos à obra. Quando as companheiras do convento e quando mais tarde os avileses se inteiraram das intenções de Teresa, valha-me Deus o que se armou: murmurações, insultos, vexames de todas as classes contra a fundadora e reformadora. Até a chamaram de “mulher inquieta e andarilha”, isto o disse o Núncio. Ela aguentou tudo e deixou tudo nas mãos de Deus. E como era da vontade do Senhor que a reforma se fizesse, pois à hora marcada ela aconteceu. E em 24 de agosto de 1562, se erguia o primeiro mosteiro reformado sob o patrocínio de São José na cidade de Ávila berço da reforma. Aquele dia vestiu o hábito de Descalças as quatro “grandes servas de Deus”. A simplicidade do mobiliário, a vida fervorosa e até a reza do Ofício Divino, eram o ambiente apropriado para a oração constante da nascente reforma, que exigia principalmente isso: intimidade com Deus, oração contínua com Ele e vida de família com as irmãs, que haveriam de ser poucas em cada convento, doze ou treze no máximo. Com este novo modo de vida, o Carmelo de São José era insignificante, contrastante, com as formas aparatosas dos antigos mosteiros.

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