NOVOSIBIRSK, segunda-feira, 12 de abril de 2010 (ZENIT.org).- O Carmelo da Ressurreição de Cristo, situado na cidade russa de Novosibirsk, está dedicado à oração pela unidade entre católicos e ortodoxos.
No altar de sua igreja, junto às relíquias de Santa Teresa de Jesus e de São Rafael Kalinowski, há também uma relíquia de um dos pais do grande mosteiro de Kiev-Pechersk, o mais antigo da Ucrânia e um dos lugares santos da religião ortodoxa oriental.
O mosteiro de Kiev-Pechersk é venerado como marco do monaquismo russo, e o santo monge-diácono São Martitii está entre os santos venerados por ambas Igrejas, católica e ortodoxa.
Esta relíquia foi presente do bispo ortodoxo da diocese vizinha. Levaram-na até ali dois sacerdotes ortodoxos, no dia da bênção do mosteiro católico, a 19 de dezembro passado.
A apresentação da relíquia no Carmelo durante a bênção do mosteiro constituiu um belo gesto ecumênico, a que o núncio na Rússia, Dom Antonio Mennini, aludiu na homilia, comparando, tanto o Carmelo como a relíquia, com o grão de mostarda.
Dom Mennini, que para a ocasião partiu de Moscou para Novosibirsk, terceira maior cidade da Rússia, também rezou pelo crescimento da unidade entre as Igrejas católica e ortodoxa.
A solene celebração de instalação no Carmelo contou com um grande número de convidados, que lotaram a capela, apesar do frio intenso da Sibéria.
Foi o bispo de Novosibirsk, Dom Joseph Werth, que abençoou o mosteiro da Ressurreição de Cristo.
Precisamente este mosteiro acolheu, quando ainda estava em construção, a 25 de março de 2009, a primeira profissão solene de uma carmelita em território russo.
A religiosa, irmã Cristina da Santíssima Mãe de Deus, nasceu em Vladivostok e foi batizada durante seus anos de estudo em Moscou.
Ela graduou-se como violinista de concertos no conservatório da capital russa e fundou uma orquestra de câmara em sua paróquia, para concertos de música religiosa.
Em 2003, ingressou no Carmelo de Novosibirsk, onde pronunciou os votos simples em 2006. Em março de 2009 emitiu sua profissão solene.
Aquela cerimônia esteve presidida pelo bispo Werth e concelebrada por nove sacerdotes na capela do então inacabado Carmelo.
Participaram os seminaristas, representantes das seis comunidades religiosas e vários fiéis da localidade, alguns ortodoxos e protestantes, que mantêm uma boa amizade com a comunidade carmelita.
Dom Mennini enviou então uma mensagem e a bênção do Papa Bento XVI.