Santa Teresa de Jesus dos Andes e a Virgem Maria
“O meu espelho há de ser Maria.
Como sou sua filha devo assemelhar-me a ela
e assim assemelhar-me-ei a Jesus”. (Diário 15)
Na extirpe dos santos do Carmelo, Dom para a Igreja e para o mundo, temos em Santa Teresa de Jesus dos Andes um modelo cristão de engajamento, de prática das virtudes, ardor missionário e de um profundo e especial amor para com a Virgem Maria. Ela põe-nos diante dos olhos o testemunho vivo do Evangelho, assumido-o até às últimas conseqüências em sua própria vida.
A jovenzinha dos Andes, Juanita, viveu no seio de uma família normal que professava a fé cristã a qual procurava viver com firmeza e constância. È no seio desta família e na sua experiência de educação entre as irmãs do Sagrado Coração que ela aprende a amar Jesus e a Santíssima Virgem, em quem encontra uma mãe tão próxima e bondosa a quem não exitava em abrir-lhe inteiramente o coração para confidenciar-lhe seus anseios mais profundos.
"Todos os dias comungava e falava com Jesus longamente. Mas minha devoção especial era à Virgem; contava-lhe tudo".(Diário 6).
Ainda pequena, aos 7 anos de idade, juntamente com seu irmão Lucho, faz promessa de rezar todos os dias o rosário – promessa que cumpriu com fidelidade durante sua curta vida. Em sua pureza juvenil relata que assim o fez sempre, exceto uma vez por haver esquecido... (Diário 5).
Vemos que desde a tenra idade Maria já é presente em sua vida. Quando se prepara para a primeira comunhão já sente um ímpeto de encontro com Cristo, percebendo que daí para frente seria necessário mudar radicalmente seu caráter um tanto irascível. Vai dizer:
“Jesus começou a tomar meu coração para si. Em um ano me preparei para fazer a primeira Comunhão. A Virgem me ajudou a limpar meu coração de toda imperfeição”. (Diário 5).
Esta relação para com a Virgem está bem conforme o espírito do Carmelo Teresiano, onde Maria é tida e experienciada no decorrer da história como Mãe e Irmã, relação essa que conduz a uma maior intimidade a ponto de se focar antes de uma devoção desencarnada, a prerrogativa das virtudes da Virgem Maria, assim como percebemo-las no Evangelho: solícita à Palavra de Deus “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se” (Lc 1,38), como profundamente atenta às necessidades do próximo: “E Maria partiu apressadamente” (Lc 1,39).
Ela toma a Virgem por companhia em todos os momentos de sua vida, também durante as “noites escuras”, onde encontra sempre na mulher “mais santa” de todas, fortaleza e consolo.
Teresa dos Andes compreendeu desde a infância que o amor se mostra mais com as obras do que com as palavras, por isso, esforçou-se por apresentá-lo em todos os atos de sua vida, como motivação mais profunda e essencial. Em si mesma, na sinceridade de seu coração, percebeu que para poder entregar-se inteiramente a Deus teria que deixar morrer em si tudo o que não fosse Ele.
Cristo foi sempre o seu ideal. Amou-o apaixonadamente, crucificando-se em cada momento da vida só por Ele. Teve-lhe um amor esponsal e, por isso, o desejo de unir-se plenamente a Ele a invadiu por inteira. A santidade de sua vida se fez notar nas coisas mais corriqueiras a ponto de todos, fora e dentro do Carmelo, poderem perceber em seu rosto a alegria infinita e a bondade do Deus que ela irradiava.
Assim são os santos: atentos, abertos e zelosos; por isso Deus realiza neles os milagres de seu amor misericordioso. Motivemo-nos em lançarmo-nos também na busca de um encontro pessoal com Aquele que nos chama a cada dia. Eis uma tarefa pessoal, intransferível e irrenunciável.
ENTRE AS INVOCAÇÕES MARIANAS DE SANTA TERESA DOS ANDES, CABE RECORDAR:
Virgem do Rosário
Virgem do Carmo
Virgem de Lourdes
Imaculado Coração
Mater Admirabilis
Frei Ronan do Sagrado Coração de Jesus.
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