Considerando as origens de nossa vocação e o carisma Teresiano, enumeramos elementos primordiais de nossa vocação:
a) Abraçamos a vida religiosa 'em obséquio de Jesus Cristo', apoiando-nos no comum destino, na imitação e no patrocínio da Santíssima Virgem, cuja forma de viver constitui para nós um modelo de configuração com Cristo,
b) Nossa vocação consiste numa graça que nos impele, numa comunhão fraterna de vida, a uma "misteriosa união com Deus" pelo caminho da contemplação e da atividade apostólica que se fundem indissoluvelmente a serviço da Igreja.
c) Somos chamados à oração que, alimentada pela escuta da Palavra de Deus e pela Liturgia, nos conduz ao trato de amizade com Deus, não só quando rezamos mas também na vida. Comprometemo-nos nesta vida de oração, que se nutre da fé, da esperança e, sobretudo, da caridade divina, a fim de podermos, purificados os corações, nos aprofundar em nossa vocação cristã e nos dispor a uma efusão mais copiosa dos dons do Espírito Santo. Assim participamos do carisma teresiano e continuamos a inspiração primitiva do Carmelo, envoltos pela presença e pelo mistério do Deus vivo.
d) Pertence à mesma razão de ser do nosso carisma animar de zelo apostólico a oração e toda a vida consagrada, trabalhar de diversas maneiras a serviço da Igreja e dos homens, para que verdadeiramente "a ação apostólica proceda da íntima união com o Cristo", mais ainda, aspirar também à sublime forma de apostolado que flui da plenitude do "estado de união com Deus".
e) Pretendemos realizar ambos os serviços, o contemplativo e o apostólico, formando uma comunidade fraterna. Desse modo, fiéis à ideia primitiva de Santa Teresa de fundar uma pequena família à imagem e semelhança do pequeno "colégio de Cristo", graças à nossa comunhão de vida baseada na caridade, tornamo-nos testemunhas da unidade da Igreja.
f) Finalmente esforçamo-nos por edificar a nossa vida sobre o fundamento da abnegação evangélica, conforme a Regra e os ensinamentos de nossos santos Padres.
Texto retirado do livro “O Carmelo... uma proposta de vida”, do Frei Patrício Sciadini, OCD.
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