A morte de uma Santa...



“Eu durmo, mas o meu coração vela”.

Hoje dia 30 de setembro celebramos o trânsito de Santa Teresinha. Eis o testemunho que temos sobre os últimos momentos de Teresinha: “No dia de sua morte, depois das Vésperas, fui à enfermaria onde a Serva de Deus sustentava com coragem invencível as últimas lutas da agonia, a mais terrível. Suas mãos estavam arroxeadas; ela as juntava com angústia e exclamava com uma voz que a violência da dor tornava clara e forte: “Oh! Meu Deus! Tende piedade de mim!... Oh! Maria! Vinde em meu auxílio!... Meu Deus... como eu sofro!... o cálice está cheio... cheio até as bordas!... jamais saberei morrer!... “- Coragem, disse-lhe nossa Madre, você chegou ao termo; um pouco mais e tudo estará acabado!”
“ – Não, nossa Madre, não é ainda o fim... eu o sinto... vou ainda sofrer assim, talvez,  por meses”. “ – E se essa for a vontade de Deus, deixá-la mais tempo sobre a cruz, falou nossa Madre, você aceitaria?” Com um acento de heroísmo extraordinário ela disse: “Eu aceito!”. Sua cabeça caiu sobre o travesseiro com um ar tão calmo, tão resignado que não pudemos conter as lágrimas... Deixei a enfermaria não tendo coragem de suportar por mais tempo esse espetáculo tão doloroso. Só voltei com a comunidade nos últimos momentos e fui testemunha de seu belo e demorado olhar extático no momento em que ela morre, pelas 7 horas da noite, quinta-feira, dia 30 de setembro de 1897.