SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS
Nasceu em 1873, em Alençon, França. Entrou adolescente para o Mosteiro das Carmelitas de Lisieux, com apenas 15 anos, onde se distinguiu particularmente pela humildade, simplicidade evangélica e confiança em Deus e, estas virtudes ensinou-as às noviças, com seu exemplo e palavras. Morreu no dia 30 de setembro de 1897, oferecendo sua vida pela salvação das almas, a santificação dos sacerdotes e a expansão da Igreja. Foi beatificada pelo Papa Pio XI, em 29 de abril de 1923, que fez dela a “estrela de seu pontificado”. Canonizada por Pio XI, em 17 de maio de 1925. E pelo mesmo Papa proclamada Padroeira das Missões em 14 de dezembro de 1927. O Papa João Paulo II proclamou-a Doutora da Igreja no dia 19 de outubro de 1997. Santa Teresinha, aparentemente pequena aos olhos das criaturas, mas que trazia em si uma alma de gigante. Podemos defini-la como a “Pequena Gigante”.

A Reforma Teresiana
Após a sua formação, aOrdem se expande com a fundação de grande número de mosteiros do ramo masculino e do ramo feminino. Em 1562, Santa Teresa funda um mosteiro em Ávila (Espanha), segundo seu pensamento de fazer aí florescer um ideal carmelitano mais autêntico pela volta ao exercício da contemplação. J. B. Rossi, Superior geral da Ordem, acena esse espírito reformador e encoraja Teresa a fundar outros mosteiros femininos. Também favorece as tentativas de vida interior mais intensa desenvolvidas pelos frades, tanto na Itália quanto na Espanha. Segundo o exemplo da santa, Rossi permite a abertura de dois conventos masculinos de "contemplativos", número que se multiplica em pouco tempo. Em 1568, graças à cooperação de Teresa com João da Cruz, é fundado o primeiro convento dos Descalços. Em 1593, fica constituída a divisão dos carmelitas em Calçados ou da Antiga Observância e em Descalços ou Teresianos. Essa separação, que não impediu uma salutar renovação da própria espiritualidade, estendeu-se até os dias de hoje, cada ramo com um Superior diferente. A obra de Santa Teresa e de São João da Cruz, no campo da espiritualidade carmelitana, encontrou uma correspondência no movimento chamado "da mais estrita observância", que floresceu durante os séculos XVII e XVIII e procurou evitar os efeitos negativos da separação. Philipe Thibault, que viveu com os Descalços, foi o introdutor da Reforma Turonense (iniciada na Província Carmelita de Tourain, França), a partir de 1619. Esta renovou o espírito contemplativo na Ordem pela prática da meditação diária, do silêncio e da mortificação, restaurando-se, assim, a perfeição da vida comunitária. Os séculos XVI e XVIII se caracterizam pela expansão da devoção mariana, das Ordens terceiras e das Confrarias do escapulário. Os conventos e mosteiros se tornam centros de profunda religiosidade. Santa Maria do monte Carmelo: o significado fundamental desse título se resume na expressão da índole mariana do Carmelo. Consta de fato a veneração especial dos carmelitas por Maria. Todos os nossos autores se mostram intimamente convencidos de que a Ordem do Carmo está fundada em honra da Santíssima Virgem, sua singular padroeira. E essa fisionomia mariana era o que mais impressionava antigamente os estranhos. A devoção profunda a Maria foi o distintivo, já desde o inicio, publicamente reconhecido, da Ordem Carmelitana, o que foi motivo de benevolência, por parte de papas, reis e príncipes que a queriam muito. Muitos entraram na Ordem por essa especialidade mariana, inclusive Santos como o Beato Nuno, São João da Cruz, etc. Mas foi motivo de mal-querer, por parte de outros; esses diziam que os Carmelitas abusavam desse titulo para ter maior fama junto ao povo. Historicamente falando, o titulo de "Irmãos da Virgem" é preciso buscá-lo na antiga capela consagrada a Maria, no cume do Monte Carmelo. Essa capela, na qual se reuniam os ermitões do Monte Carmelo, foi a origem do titulo da Ordem, assim como o foi de sua vocação e destino. Testemunhos dela temos na célebre Constituição de meados do século XIII, na carta de São Cirilo, nos relatos dos peregrinos da Terra Santa e em outros documentos, como a "Descrição da Terra Santa", de Filipino (1283-1291). O símbolo da agregação mariana, sinal de consagração à Mãe de Deus, a grande confiança em Maria, são alguns motivos pelos quais levamos o escapulário. Entre tantas tentativas de reforma na Ordem do Carmelo, a mais definitiva e eficaz foi a empreendida por Santa Teresa de Jesus, na cidade espanhola de Ávila dos Cavaleiros. O que não conseguiram homens santos e sábios, o conseguiu essa mulher, lutando contra marés, graças à ajuda divina mais que humana. "Esse período de vida é de muito trabalho. Nela se realiza a máxima atividade de que foi capaz. Essa etapa durou vinte anos, desde 1562 até a sua morte". As causas que impulsionaram Santa Teresa a fazer a Reforma eram diversas: o desejo de sua própria perfeição e a salvação das almas; a visão clara da vontade do Senhor, para que isso acontecesse; a manifestação do Geral da Ordem, João Batista Rubeo de Rávena, que trazia autorização do Papa Pio V, para reformar o Carmelo. Santa Teresa havia tomado o hábito carmelitano, no Mosteiro da Encarnação, no dia 2 de novembro de 1536, e não estava contente com o gênero de vida que ali se levava. Havia demasiada relaxação entre as religiosas. Havia, em Salamanca, um jovem freizinho carmelita, que andava dando voltas para entrar na Cartuxa. Chamava-se Fr. João de Yepes. A reformadora se entrevista com ele. Fala-lhe, com entusiasmo, de seus intentos e o convence. Frei João põe só uma condição: que seja logo. Em poucos dias, 28 de novembro de 1568, se abria já, em Duruelo, o primeiro convento de Carmelitas Descalços. Como Prior foi nomeado o Pe. Antônio de Jesus, outra conquista da Madre; e a João da Cruz encarrega da direção dos noviços, embora de momento não tivessem nenhum... E assim foram colocadas as primeiras pedras da reforma entre os frades. E que reforma! Uma mulher fazendo "as barbas a homens estudados", como dizia mais tarde um frade. "Desde o principio desta reforma e durante o tempo das fundações não lhe faltaram nem conselheiros nem colaboradores. Entre eles, os sacerdotes, religiosos e também leigos". A Teresa reformadora empreende sua obra entre as monjas, graças ao zelo eclesial que vibrava em seu peito. Ela mesma no-lo conta em seu livro Caminho de Perfeição. O propósito da Santa reformadora está, pois, claro: junta as suas monjas, em um pequeno convento, para orar por tantas almas que se perdem e pelos defensores da Igreja e pregadores e estudiosos que a defendem... Quer dizer, um motivo de oração completamente eclesial. O ideal que a Santa buscava na reforma dos freis é mais ou menos semelhante: ter defensores, pregadores e estudiosos da Igreja para a extensão do Reino de Deus e salvação das almas; diretores espirituais de suas Irmãs Carmelitas e, como arma, a oração e intimidade com Deus.

Nossa História


Nossa História
Carmelo significa "jardim". Geograficamente, é uma cadeia de colinas, próximo à atual cidade de Haifa (antiga Porfíria), em Israel. Os fenícios haviam erguido ali um altar a Baal, invocando proteção para suas viagens. O culto a esse deus profanado pela ímpia Jesalém, esposa do Rei Acab, recebeu a forte oposição do profeta Elias.
Diz a tradição que Elias se estabeleceu em uma gruta, no Monte Carmelo. Tornou-se ele o grande solitário que, em espírito de penitência, combateu os profetas pagãos e defendeu o monoteísmo.
O Carmelo surgiu em plena Idade Média, época de renovação da Igreja e de busca da mais pura dimensão evangélica de vida religiosa. As Cruzadas e a conquista de Jerusalém, em 1099, abrem a rota das grandes comunicações entre a Europa e o Oriente. Estamos no fim do século XII. A humanidade vive a experiência de grandes alterações sociais e espirituais. Igrejas e mosteiros são reedificados. Príncipes e fiéis fazem doações financeiras generosas.
Homens e mulheres, inflamados pelo amor ao serviço divino, procuram novos rumos de vida. Atraídos pela fama dos Lugares Santos, afluem à Palestina, sob influência européia, peregrinos das mais diversas partes do mundo. Uns vão para o deserto, outros para as colinas, todos imbuídos do mesmo espírito de penitência e oração. A vida contemplativa e eremítica é escolhida, com singular empenho. Assim, também, chegam ao Monte Carmelo, por volta do ano 1190, os que desejam seguir o exemplo do homem santo e solitário que foi o profeta Elias.
Sabe-se que os primeiros ocidentais a se estabelecerem, como eremitas, no Monte Carmelo, tinham participado das Cruzadas. Eram nobres ou plebeus, cavaleiros ou soldados, todos leigos que haviam escolhido uma vida de "penitentes" ou "conversos". Uns se localizam próximo à gruta de Elias, outros perto da fonte de Elias.
Todos vivendo em cavernas, separados uns dos outros. Manuscritos da época referem-se a esses "monges latinos", também chamados Irmãos do Carmelo, os quais se estabelecem perto de uma capela de Nossa Senhora, não longe da Abadia de Santa Margarida na vertente do mesmo Monte Carmelo. Mais tarde, serão esses monges chamados de Irmãos da Ordem da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.
Regra primitiva dos Carmelitas
Os Carmelitas, que viviam no Monte Carmelo, pediram a Santo Alberto para fazer uma Regra, de acordo com o modo de vida que estavam levando. Santo Alberto foi nomeado Patriarca de Jerusalém, em 1214. Calcula-se ter sido a Regra entregue em 1209. Nessa época, o superior do Monte Carmelo era São Brocardo.
A Regra primitiva foi dada a eremitas, razão por que tem espírito eremítico. Pode-se dizer que ela se constitui numa perfeita codificação do tipo de vida que os Irmãos Carmelitas já levavam no Monte Carmelo: solidão, oração, obediência, castidade, jejum e abstinência de carnes. A Regra foi aprovada em 1226 pelo Papa Honório III.
O Carmelo no Ocidente
A partir de 1237, as condições políticas e religiosas, na Palestina, se tornam precárias, devido às investidas dos serracenos. Este fato fez com que os eremitas do Carmelo, pouco a pouco, devidamente autorizados, voltassem a seus países de origem. Os religiosos, que continuaram no Monte Carmelo, foram massacrados em 1291, quando se deu a destruição das últimas fortificações latinas na Terra Santa.
Surgem, na Europa, os primeiros conventos: Messina, HuIne, e Cambridge, todos verdadeiros eremitérios, constituídos segundo a regra de Santo Alberto, de vida soltaria e contemplativa. A evolução dos tempos, porém, faz com que a Ordem do Carmelo seja equiparada às Ordens Mendicantes.
A Regra é modificada. Seus membros são destinados à vida ativa de apostolado da Igreja, podendo cursar universidades e receber o sacerdócio. Em 1245, realiza-se em Aylesford, um dos primeiros conventos, o primeiro Capítulo Geral da Ordem, sendo eleito Superior Geral o inglês Simão Stock. Em 1247, Inocêncio IV aprova a Regra, revisada e adaptada às novas circunstâncias de existência da Ordem.
A Ordem dos Carmelitas Descalços é uma Ordem da Igreja Católica Apostólica Romana. Nascemos por volta de 1200, na Palestina, no Monte Carmelo (foto abaixo). Em 1562, Santa Teresa D'Ávila reformou o Carmelo Feminino e, em 1568, com a ajuda de São João da Cruz, reformou também o ramo masculino, nascendo assim, a Ordem dos Carmelitas Descalços.
Hoje, os Carmelitas Descalços são presença viva no meio do povo, seja como sacerdote ou irmãos não ordenados, anunciando o Reino de Deus com o trabalho nas paróquias, na orientação de retiros, na assistência às monjas carmelitas e no campo da espiritualidade.
Carmelo significa "jardim". Geograficamente, é uma cadeia de colinas, próximo à atual cidade de Haifa (antiga Porfíria), em Israel. Os fenícios haviam erguido ali um altar a Baal, invocando proteção para suas viagens. O culto a esse deus profanado pela ímpia Jesalém, esposa do Rei Acab, recebeu a forte oposição do profeta Elias. As origens históricas da Ordem Carmelitana se mistura à própria história da humanidade e do desenvolvimento da cultura e história do Oriente Médio.