«Se, por vezes, ele [fala sobre si próprio]
está um pouco ausente desta divina presença,
Deus faz-se sentir rapidamente na sua alma
para o chamar,
coisa que lhe acontece frequentemente
sempre que está mais empenhado
nas suas ocupações exteriores.
Ele responde com exata fidelidade
a estas graças interiores:
ou com uma elevação do seu coração
em direção a Deus,
ou com um olhar doce e amoroso,
ou com algumas palavras
que o amor forma nos seus encontros,
por exemplo:
“Meu Deus, eis-me todo aqui para Vós:
Senhor, fazei-me segundo o vosso Coração.”»

«E então parece-lhe que, com efeito,
sente que este Deus de amor
Se contenta com estas poucas palavras,
readormece e descansa no fundo
e centro da sua alma.
A experiência destas coisas
fazem-no tão certo de que Deus
está sempre no fundo da sua alma
que não pode ter qualquer dúvida disso,
o que quer que faça ou que lhe aconteça.»

Frei Lourenço da Ressurreição | 1614 – 1691
Carta 01. A uma Religiosa. 01 de Junho de 1682
«A força salvadora 
é o poder de ressuscitar 
os que estavam mortos para a vida divina 
por causa do pecado. 
Esta força salvadora da Cruz 
passou à palavra da Cruz e, 
através desta palavra 
comunica-se a quantos a recebem 
e se abrem a ela sem pretender milagres, 
nem fundamentos de sabedoria humana: 
neles converte-se nessa força vivificadora 
e formadora a que chamam Ciência da Cruz». 

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) | 1891 – 1942 
Ciência da Cruz.

Silenciar...

«Estou lançada no abismo 
de um profundo silêncio, 
a paz do Senhor 
é a minha força, 
a sede de O amar 
é o meu repouso…» 

Beata Elias de S. Clemente | 1901 - 1927 
Carta 37. A Padre Elia. 1923.

Palavra...


«Entre no templo da sua alma;
ponha-se ali em silêncio
e escute a voz do seu rei,
que a partir do trono do altar, que há no fundo do seu coração,
lhe fala sempre.
Com fidelidade, com cuidado,
com toda a perfeição,
esforce-se por pôr em prática os Seus conselhos.
Caminhe segundo a palavra
que Ele lhe anuncia no segredo do seu coração
e viverá eternamente.»

Beato Francisco Palau | 1811 - 1872
Carta 1