Com Jesus e com Maria festejamos São José

Refrão do canto de entrada da Celebração do Centenário da Província, no dia de São José.


Veja algumas fotos da celebração do Centenário


CLIQUE NA FOTO PARA ACESSAR

Província encerra ano Centenário com Celebração de Ação de Graças


No dia 19 de março, solenidade de São José, nossa Província celebrou os 100 anos da chegada dos primeiros Carmelitas Descalços da Província Romana ao Brasil.

A celebração de ação de graças do dia 19 de março de 2011 encerrou um ano em que a Província dedicou-se a lembrar seu passado para, agradecidos, renovar seu presente. Durante o ano destacaram-se:

a) Os trabalhos de história feitos com simplicidade, mas levantando nomes e fatos importantes, levados a cabo por Frei Mariano Júnior e Frei César Cardoso;

b) Com texto preparado por Frei Geraldo Boletini, as Comunidades da Província celebraram, no dia instituído como dia da Província - 17 de maio -, a Missa Comunitária pelos 100 anos da chegada;

c) No dia 18 de julho de 2010 o povo, autoridades e a paróquia de Córrego do Bom Jesus, no sul de Minas Gerais, recepcionaram os frades da Província que ali retornaram para alguns dias de missão e para uma grande celebração comemorativa dos trabalhos missionários e pastorais dos frades da primeira comunidade da Província Romana naquela cidade;

d) O retiro anual da Província, realizado na primeira semana de agosto, teve este ano o tema do centenário como tema de fundo e inspirou nossas meditações e celebrações. Pela primeira vez os pregadores foram escolhidos entre os próprios irmãos de hábito.

e) Durante o ano de 2010 as comunidades recepcionaram a exposição itinerante constante de painéis com fotos, cronologia e textos históricos que narravam os grandes momentos da chegada e da história da formação da Província.

 

Quaresma de onde para onde?


Quaresma, 40 dias de caminho para onde? Para quem? 


   Do nosso egoísmo para a fraternidade, 

   do nosso desamor para o amor, 

   da nossa falta de sinceridade para a verdade, 

   da nossa mesquinhez para a generosidade... 

   do nosso pequeno mundo para o mundo inteiro, 

   dos nossos amigos para todos os homens, 

   do nosso deus pequeno chamado “ego” para Cristo, Caminho, Verdade e Vida, 

   do consumismo para a caridade, 

   do ódio para o perdão, 

   da inimizade para a amizade, 

   da noite para luz, 

   do mal para o bem,

   da falta de Deus para Deus. 

Quaresma… é preciso caminhar para chegar à Páscoa de luz e de vida...

Cristo ressuscitado nos espera.

Não tenha medo de passar pelas noites da paixão, da morte, da dor. Sempre a paz, a luz e a vida ressuscitam em nós.

Sem Cristo é noite, com Cristo é luz e paz no coração, dentro e fora de nós.

Seja feliz! Feliz Quaresma e Feliz Páscoa!

Abuna Patrik ( Frei Patricio)

Cairo, 10/03/11

Prefeito da Congregação para a Vida Consagrada visita Casa Geral


Pela primeira vez um Prefeito da Congregação Vaticana para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apóstólica visita a Casa Geral dos Carmelitas Descalços, em Roma. Aconteceu no último dia 7 de março, quando, a convite do Padre Geral, Fr. Saverio, por intermédio do Fr. Marcos Juchem, Definidor para a América Latina, D. João Aviz, arcebispo emérito de Brasília e atual Prefeito da dita Congregação, fez uma visita fraterna à nossa casa. Segundo disse fr. Marcos, foi uma alegria para todos, especialmente para o Padre Geral que desejava iniciar um diálogo positivo e propositivo com Dom João.


O próprio Dom João manifestou sua satisfação "pelos momentos de profunda alegria que experimentamos no amor fraterno entre os filhos de Santa Teresa". Frei Marcos disse que D. João confidenciou aos frades o quanto lhe está custando passar de uma intensa vida pastoral, junto e rodeado de povo, para um contexto mais árido de seu atual trabalho. No entanto, por amor aos Religiosos, o bispo sente-se muito feliz em prestar este serviço à Igreja.

Por ocasião da Campanha da Fraternidade

O tema da Campanha da Fraternidade deste ano é Fraternidade e a Vida no Planeta. São João da Cruz, o místico da busca e da união com Deus, ajuda-nos na meditação do tema, com a poética imagem das "pegadas" do Amado na natureza.

Nas primeiras canções de seu Cântico Espiritual, o santo coloca nos lábios da alma enamorada: "Buscando meus amores, irei por esses montes e ribeiras; não colherei as flores, nem temerei as feras, e passarei os fortes e fronteiras. Oh bosques e espessuras, plantadas pela mão do meu Amado! Oh prado de verduras, de flores esmaltado! Deizei-me se por vós ele há passado. Mil graças derramando, passou por estes soutos com pressura, e, a todos olhando, apenas com sua figura, vestidos os deixou de formosura". Nestes versos, o poeta não afirma que tenha visto a Deus, a quem busca enamorado; porém deduz seu passo pelo seu rastro de formusura que deixou, como se fosse seu perfume ou seu cartão de visita. Quiçá nos diz também o poeta que, na falta da presença do amado, conforma-se com o rastro de suas coisas contemplando a natureza? Não se conforma acaso a alma enamorada com o saber que seu amado esteve onde ele está, e sente seu perfume?

Aprofundemos um pouco mais nestes textos, servindo-nos das análises e comentários que nos oferece o próprio autor em forma de "declarações" que seguem a cada uma das canções. A introdução da declaração à quarta canção nos anima a descobrir a Deus por suas pegadas na natureza, "porque, depois do exercício do conhecimento próprio, esta consideração das criaturas é a primeira por ordem neste caminho espiritual do conhecimento de Deus, considerando sua grandeza e excelência por elas, segundo o Apóstolo que diz: Invisibila enim ipsius a criatura mundi, per ea quae facta sunt, intellecta, conspiciuntur, ou seja, as coisas invisíveis de Deus são conhecidas pela alma pelas coisas visíveis criadas e invisíveis" (Rm. 1,20). Ao dizer "Oh bosques e espessuras" chama bosques os elementos terra, água, ar e fogo; porque assim como ameníssimos bosques estão povoados de espessas criaturas, às quais aqui chama de espessuras, pelo grande número e muita diferença que há delas em cada elemento: na terra, inumeráveis variedades de animais e plantas; na água, inumeráveis diferenças de peixes, no ar, muita diversidade de aves; e o elemento fogo, que concorre com todos para a animação e conservação deles; assim, cada sorte de animais vive em seu elemento e está colocada e plantada nele como em seu bosque e região onde nasce e se cria. Na verdade assim quis Deus na criação deles, quando ordenou à terra que produzisse as plantas e os animais, e ao mar e à água os peixes, e ao ar fez morada das aves (cf. Gn.1). Por isso, vendo a alma que assim tudo ordenou, diz o seguinte verso: "plantadas pela mão do meu amado".

A declaração à quinta canção nos diz que "nesta canção o que se contém em substância é: que Deus criou todas as coisas com grande facilidade e brevidade e nelas deixou algum rastro de quem ele era, não dando-lhes o ser, mas ainda dotando-as de inumeráveis graças e virtudes, formoseando-as com admirável ordem e dependência entre elas".

Depois desta série de comentários introdutórios, aparece com mais claridade o que São João da Cruz entende por "pegadas" de Deus na criação, ao dizer que "passar pelos soutos é criar os elementos...; pelos quais diz que derramendo mil graças passava, porque de todas as criaturas os adornava, que são graciosas; e nelas derramava as mil graças, dando-lhes virtude para poder concorrer com a geração e conservação de todas elas. E diz que passou, porque as criaturas são como um rastro do passo de Deus, pelo qual se rastreia sua grandeza, potência e sabedoria e outras virtudes divinas".

Finalmente, ao comentar os três últimos versos nos diz que "só com a figura de seu Filho, olhou Deus todas as coisas, que foi dar-lhes o ser natural, comunicando-lhes muitas graças e dons naturais, fazendo-as acabadas e perfeitas, segundo se diz no livro do Gênesis (Gn. 1,31) por estas palavras: "Deus viu todas as coisas que tinha feito, e eram muito boas". O vê-las muito boas era fazê-las muito boas no Verbo, seu Filho". E terminando sua declaração nos diz o santo que "chagada a alma no amor..., por este rastro que conheceu das criaturas..., da formosura de seu Amado, com ânsias de ver aquela invisível forosura que esta visível formosura causou, diz a seguinte canção: "Ai, quem poderá sanar-me? Acaba de entregar-te já deveras; não queiras enviar-me mensageiros, que não sabem dizer-me o que quero". Como as criaturas deram à alma sinais de seu Amado, mostrando-lhe assim o rastro de sua formosura e excelência, aumentando-lhe o amor e, por conseguinte, cresceu-lhe a dor e a ausência, porque quanto mais a alma conhece a Deus, tanto mais lhe cresce o apetite e pena por vê-lo".

Romero-Baró, José M

Facultad de Filosofía, Universidad de Barcelona, España

Carmelo de Santos lança site


Mais um Carmelo do Brasil lança na net seu site. O Carmelo de Santos (SP), mosteiro membro da Associação Santa Teresa, lançou seu novo e belo site, trazendo informações preciosas sobre o Carmelo, a vida contemplativa, a história e a vida diária do mosteiro de Santos, resumos biográficos dos nossos santos e outros artigos relativos à vida, espiritualidade e missão das Monjas do Carmelo Descalço.

Parabéns às irmãs pela iniciativa. Santifiquemos com nossa presença este imenso mundo virtual.