Deus também pode chamar ao sacerdócio pela internet

ROMA, quarta-feira, 24 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- No último domingo antes do Natal, Bento XVI cumprimentou os 49 novos sacerdotes legionários de Cristo que acabam de ser ordenados. Alguns irmãos na congregação religiosa publicaram um vídeo que teve um êxito inesperado no Youtube e em H2onews.org, e nele oferecem os motivos pelo qual decidiram tornar-se sacerdotes.
No vídeo intervêm com espontaneidade e um pouco de humor seminaristas procedentes de culturas e países tão diferentes como a França, Alemanha, México, República Checa, Colômbia, Áustria, Coréia, Itália, Brasil, Vietnã, Espanha e Estados Unidos.
O vídeo foi lançado junto a um site, disponível em cinco idiomas (espanhol, inglês, alemão, italiano e francês), no qual é possível fazer consultas e manifestar inquietudes sobre a vocação, às quais se responderá através de um e-mail.

Mais informação: www.whynotpriest.org
Fonte: zenit.com

Notícias .....


Neste últimos dias nossa família carmelitana foi abalada com a perda da irmã do Frei Paulo Henrique, Liliane Aparecida, no dia 20 de dezembro e do Frei Odair Madero que perdeu sua irmã Elisabete, no dia 24 de dezembro. Rezemos por suas famílias para que o Deus da vida possa confortá-los neste momento de dor e possa acolher em seu seio misericordioso as irmãs dos nossos confrades .
Juntos em oração peçamos por eles.

Mensagem do nosso Provincial


Caríssimos/as:

Durante este ano muitas coisas aconteceram...
Um acontecimento continua sendo o sustento de todos os outros:
Deus em seu amor infinito e a
cada acontecimento confere um sentido novo
em Jesus,
Deus Conosco,
nascido em Belém para nos salvar. Agradeço pela presença de cada um de vocês.

Desejo a você e aos seus um santo Natal.
E
um feliz ano Novo, vivido na certeza do indefectível amor de Deus!


--
fr. Alzinir

Semana de Convivência Vocacional Carmelitana

Durante a semana que passou 13 jovens de diversos lugares do Brasil estiveram em Caratinga juntamente com a equipe de promoção vocacional da Província São José, no intuito de que alguns, depois da experiência de serem acompanhados por um ano,fossem convidados para ingressar no aspirantado,iniciando assim a sua vida formativa na Vida Religiosa. Destes jovens seis foram aprovados: José Augusto, de Itapetininga, o Wesley, de Votorantin, o Emanuel e o Helder, de Três Pontas, o Davi, de Rio Pomba e o Dyhego, de Nova Serrana. Alem destes jovens temos mais 4 jovens do nordeste já aprovados e mais alguns que ainda serão avaliados no intuito de serem recebidos em nossa família religiosa.
Aguardemos as fotos deste semana emocionante.

Três jovens recebem o habito carmelita para iniciar o noviciado

No dia 15 de Dezembro de 2008, os postulantes Demétrius, Athos e Fabrício, iniciaram seu noviciado, tempo em que assumem de forma mais profunda a experiência de vida religiosa no Carmelo. O rito de iniciação foi presidido pelo Frei Alzinir na oração das Laudes. Após a vestição com o hábito religioso, os postulantes passaram a chamar-se Frei Athos da Santíssima Trindade, Frei Demetrius da Misericórdia Divina e Frei Fabrício do Divino Amor.

Um momento da vestição: a bênção dos hábitos



De pé: Frei Fabiano, Frei Wilsom, Frei Edinaldo, Frei Alzinir, Frei Cleber, Frei Edglê, Frei Afonso, Frei Joilde, Frei Aurílio e Frei João de Deus. Agachados: os novos noviços

1ª Profissão de nossos irmão em Piedade de Caratinga



A Província renasce no dia de Santo Padre

Dia 14 de dezembro comemora-se o Pai Fundador da Ordem, São João da Cruz. Quase como homenagem ao primeiro carmelita descalço, já de alguns anos, ao redor das festas sanjuanistas, em nossa Província realizam-se os compromissos e votos de nossos formandos. Este ano todos se encontraram em Caratinga e Piedade de Caratinga - MG.
As festas começaram no dia 13 no convento de Caratinga. Às 19 horas os freis Emerson, Salim e Luciano emitiram seus votos solenes na Ordem.
No dia 14, às 7 h e 15 m, os 15 estudantes de filosofia e teologia renovaram sua profissão.
No mesmo dia 14, às 17:30 h os 5 noviços que completaram seu ano de prova na Ordem fizeram sua primeira profissão. em uma belíssima celebração presidida pelo provincial Frei Alzinir na capela Nossa Senhora da Piedade, em Piedade de Caratinga/MG, os noviços: Frei Julierme da Redenção, Frei Carlos Maria do Redentor, Frei José Gregório da Mãe de Deus, Frei Fábio dos Corações de Jesus e Maria e Frei Alexandre Maria da Ressurreição, consagraram-se a Deus pelos votos religiosos de pobreza, castidade e obediência. Compareceram nesta celebração os seus familiares, vindos de diversos lugares como: Natal/RN, Olinda/PE, Teresina/PI, São José dos Campos/SP, e Juiz de Fora/MG; alguns frades da província, entre outros convidados. Após a cerimônia houve um jantar de comemoração no noviciado São José.

11 de dezembro - Memória de Santa Maravilhas de Jesus



Maria de las Maravillas de Jesus Pidal y Chico de Guzmán nasceu em Madrid no ano 1891. Entrou nas Carmelitas Descalças de El Escorial, Madrid (Espanha) no dia 12 de Outubro de 1919. Em 1924, movida por uma inspiração divina, fundou um Carmelo no “Cerro de los Ángeles” (o centro geográfico de Espanha), junto ao monumento do Coração de Jesus,. A esta fundação seguiram-se outras nove na sua pátria e uma na Índia. Concedeu sempre a primazia à oração e à imolação. Tinha verdadeira paixão e zelo pela glória de Deus e pela salvação das almas. A partir da clausura, e vivendo uma vida pobre, socorreu os necessitados, fomentando iniciativas apostólicas e obras sociais e caritativas. Ajudou de modo particular a sua Ordem, os sacerdotes e diversas congregações religiosas. Morreu com 83 anos no mosteiro de La Aldehuela (Madrid) no dia 11 de Dezembro de 1974. Foi beatificada a 10 de Maio de 1998 e canonizada no dia 4 de Maio de 2003 por João Paulo II.

Dia 14 de dezembro - Solenidade de São da Cruz


Frei João da Cruz, alma transformada em Deus, sentiu como ninguém o sopro carismático da poesia, esse sopro misterioso que estremece as entranhas do espírito com a violência de uma invasão divina. Toda poesia é uma dádiva de graça e amor. A de São João da Cruz é além disso uma mensagem divina: descobrir Deus nas criaturas, contemplá-las "vestidas de sua formosura", surpreender a "passagem" de Deus que vai "mil graças derramando" por onde quer que passe. Tudo isso é levar as coisas a Deus, sua fonte e princípio. Sublime missão sacerdotal da poesia de São João da Cruz!
O Santo dos "nadas", franzino e delicado de tanto mortificar-se, deixou escapar seu espírito, incapaz de contê-lo no limite reduzido de seu corpo pequeno, e do encontro de sua alma com Deus, presente em todas as coisas, brotou como uma "cristalina fonte" sua poesia: - que é evasão de si mesmo: "Onde é que te escondeste, / Amado, e me deixaste com gemido?"; - que é ferida de amor: "Oh! chama de amor viva / que ternamente feres!"; - que é vida: "Vivo sem viver em mim"; - que é posse de Deus.- "O rosto reclinado sobre o Amado, tudo cessou e deixei-me..."
Pedaços de uma alma encantadoramente terna e sublimemente divina. Versos que em sua maior parte nasceram da "solidão sonora" e dolorosa de Toledo (1577-1578). O corpo de Frei João sofria e se consumia, seu espírito, quase "rompida a teia" de sua vida, cantava a todas as coisas como pressagiando o abraço embriagante com Deus.
Os versos do santo carmelita em sua fragilidade virginal oferecem-nos "esboçados" - a palavra é apenas um reflexo de nosso interior - os "semblantes prateados" de seu espírito, de sua experiência mística, de sua vida divina. Como captar esse espírito e essa vida?
Só os corações puros podem sentir o "toque" do espírito sanjuanista, só os olhos límpidos podem intuir essa vida, que é mais vida de Deus que de São João da Cruz.
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Escritos espirituais
Suas poesias nos desvendaram timidamente - quiçá porque além não nos seria dado penetrar - o mistério da alma de São João da Cruz. Aqueles versos que, a princípio constituíram recreação espiritual e artística, converter-se-iam, com o correr do tempo, sob a inspiração do espírito que os havia vivido, nos grandes tratados ascético-místicos do sanjuanismo. Estes são todos encabeçados por uma poesia, que, às vezes, funciona como mero artifício externo (Subida e Noite), e outras, como síntese do tratado (Cântico e Chama). Historicamente, poesias e tratados se mesclam e entrelaçam na vida de São João da Cruz. Existem, também, outras obras menores, anteriores ou contemporâneas aos grandes escritos. Reunimos aqui ambos os grupos sob o título convencional de "Escritos Espirituais". Convencional porque tais são também as poesias e as cartas. Não obstante, gostaríamos, por um lado, de manifestar e resumir nele o que foi o magistério espiritual de São João da Cruz, e, por outro, expressar, de algum modo, um tipo literário particular e próprio; enquanto as poesias e as cartas são gêneros bem definidos, os demais escritos sanjuanistas em prosa, ainda que de valor e características muito diversas entre si, apresentam, contudo, uma tonalidade geral comum que os distingue claramente dos outros dois grupos. Todos eles ficam, pois, compreendidos sob esse título tão flexível de "Escritos Espirituais".
O magistério de São João da Cruz é vasto, profundo, assume numerosas facetas; o que começou sendo um sussurro de confessionários e locutórios ou entretenimentos e leituras a meia voz nos mosteiros e conventos carmelitanos, converteu- se em voz altissonante, a ressoar por toda a terra. A doutrina de São João da Cruz é evangélica: clara, direta, desassombrada. Seus famosos "nadas", que os espíritos fracos tanto abominam, são lógica levada às últimas conseqüências, com a lógica das leis divinas, que jamais claudicam. É teologal: a fé, a esperança e a caridade nunca atingiram uma valorização espiritual tão profunda como nos escritos de São João da Cruz. Nisto é evangélico e paulino.
As virtudes, que são a posse de Deus, não podem coexistir com o que não é Deus: o vazio do criado é a base da plenitude do Criador. Os nadas não são sombrios, porque são, ao mesmo tempo, abundância, gozo, tudo. São João da Cruz insiste tenazmente neles, porque são poucos os que se sentem com forças para aceitá-los. Porém somente por essa senda é que se chega ao festim sagrado, ao cimo do monte. Cumpre atravessar as noites passivas e ativas do sentido e do espírito (Subida e Noite) para chegar à radiosa e meridiana luz da vida de união (Cântico e Chama). Existe, pois, uma íntima unidade literária e doutrinal entre as obras de São João da Cruz, principalmente nas maiores. Compostas quase integralmente no lustro 1582-1585, fecundíssimo do ponto de vista literário, uma mestria sorte as nivelou; enquanto subida e Noite ficavam incompletas, Cântico e .Chama, pelo contrário, foram redigidos duas vezes.
Os diversos escritos aqui reunidos constituem outras tantas formas de apostolado espiritual. Há unta grande diferença entre a primeira representação gráfica do Monte, os conselhos e sentenças em forma de bilhetes, os tratados breves e as obras mestras. Porém, em todos eles perpassa um sanjuanismo límpido endereçado às grandes almas.
É isso o que pretende significar o esquema seguinte, que, partindo das composições não tão essenciais (tais como os Ditames de espírito, recolhidos e transmitidos indiretamente por testemunhas oculares) e prosseguindo pelos escritos propriamente do Santo, segundo uma ordem lógica e cronológica, pretende dar unidade ao múltiplo e variado magistério de São João da Cruz.