Projeto de Lei do Estado de São Paulo presta homengem a Santa Teresinha

PROJETO DE LEI Nº 1160, DE 2007
Dá denominação a complexo rodoviário situado no km. 62,700 da Rodovia Raposo Tavares, em São Roque
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECRETA:
Artigo 1º - Passa a denominar-se “Santa Terezinha do Menino Jesus” o complexo rodoviário situado no km. 62,700 da Rodovia Raposo Tavares – SP-270, no Município de São Roque.
Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA

Santa Teresa de Lisieux, conhecida por Teresinha do Menino Jesus, é uma das santas mais conhecidas por sua espiritualidade e amor ao próximo. Seu culto se espalhou em pouco tempo por todos os recantos do mundo católico.
Teresinha nasceu em Alençon, norte da França, aos 2 de janeiro de 1873. Seus pais, quando jovens, aspiravam se consagrar a Deus na vida religiosa, mas por circunstâncias especiais não foram aceitos. Então a jovem Zélia Guerin, disse: "Meu Jesus, já que não sou digna de ser vossa esposa como irmã, abraçarei o estado matrimonial para cumprir vossa vontade. Peço-vos, porém, encarecidamente, conceder-me muitos filhos e que vos sejam consagrados".
Daquele santo casal nasceram nove filhos. Três faleceram em tenra idade. As demais crianças, todas meninas, tornaram-se religiosas conforme o desejo da mãe.
Teresinha cresceu num ambiente de amor puro e de fé profundamente vivencial e, sendo a caçula do lar, era chamada pelo pai "a minha rainhazinha".
Ainda pequena, aos quatros anos, perdeu a mãe, de quem sempre sentiu muita falta. O pai, depois da morte da esposa, mudou-se com a família para Lisieux, onde tinha um cunhado cuja esposa zelava pela educação das filhas.
As irmãs mais velhas, uma após outra, consagraram-se a Deus na vida religiosa. Teresinha alimentava o sonho de seguir a opção das irmãs desejando, quanto antes, acompanhá-las na consagração a Deus.
Com a idade de 15 anos, recebeu do Papa Leão XIII a permissão de entrar no Carmelo de Lisieux, onde viveu por oito anos. O que poderia ter realizado de extraordinário em tão curta existência? Graças a sua autobiografia, com o título História de uma alma, sabemos que a jovem carmelita não fez nada de extraordinário, apenas cumpriu extraordinariamente bem os seus deveres de monja enclausurada.
Num momento de entusiasmo, Teresinha escreveu que, por amor ao Amor Supremo, desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, missionário, mártir. "Compreendi, escreve, que só o amor fazia agir os membros da Igreja e que se o amor viesse a se extinguir, os apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os mártires recusariam derramar o seu sangue... Compreendi que o amor encerra todas as vocações e que o amor é tudo, abraça todos os tempos e todos os lugares... Numa palavra, o amor é eterno... encontrei minha vocação: o amor!"
Estas palavras poderiam parecer românticas, se não fossem corroboradas pela vida de oração, de sacrifícios, de provações, de penitências e de imolação no dia-a-dia da existência de Teresinha como Carmelita.
Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus, pela salvação das almas, e na intenção da Igreja. O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária "desde a criação do mundo, até a consumação dos séculos".
Foi proclamada principal padroeira das missões em 1927, padroeira secundária da França em 1944 e, em 1997, na data de comemoração do seu centenário, Doutora da Igreja, aquela que nos ensina o caminho da santidade pela humildade.
Assim, com o intuito de perpetuar junto à comunidade de São Roque o exemplo de amor e de humildade de Santa Terezinha do Menino Jesus, conforme proposta a nós apresentada pelo Vereador Marquinho Chula, apresentamos o presente projeto de lei, para o qual contamos com o acolhimento dos nobres pares.
Sala das Sessões, em 27-9-2007

a) João Caramez - PSDB

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